O título do livro já nos dá uma ideia do principal objeto da trama: a confiança. Você confia nos seus filhos? Confia no seu marido ou na sua esposa? Confia nos seus pais? Em Confie em mim, Harlan Coben nos mostra que uma vez quebrada, a confiança nunca pode ser restaurada e confie em mim, vale a pena ler esse livro.

“Tudo era tão frágil, esse era o problema. Nenhuma novidade, claro, mas de modo geral o que fazemos é bloquear a verdade: Nos recusamos a admitir que nossas vidas podem ser destruídas tão facilmente, de outro modo, entraríamos em parafuso.”
O livro começa em um bar, onde Marianne sofre uma emboscada, por um homem que logo depois vamos descobrir se chamar Nash, ele está em busca de uma fita e não irá poupar esforços para obtê-la. A primeira pergunta que fica, o que tem nessa fita?
Tia e Mike instalam um programa espião no computador do filho Adam. Eles não sabem mais o que fazer, já que o melhor amigo do Adam, o Spencer, se suicidou. Eles acham que o filho não é mais o mesmo depois disso, e acreditam estarem protegendo o filho ao espionar suas mensagens, será?
Betsy perde o chão quando seu filho Spencer é encontrado morto, até que ela descobre uma foto que a faz repensar se de fato o filho se matou ou foi assassinado, o que será que realmente aconteceu?
Guy se sente mal por algo que aconteceu com sua filha na escola, ele não sabe o que fazer para que as coisas melhorem para ela, mas ele é o pai dela, deve fazer algo, certo?
“Alguém está sempre numa situação mais difícil que a nossa, mas isso raramente serve de consolo”
Todas as histórias irão se entrelaçando aos poucos, e por mais que você crie teorias, é difícil descobrir o final, muito surpreendente. São diversos personagens apresentados no início, mas que rapidamente conseguimos distingui-los pelas características únicas.
E sabe quem aparece por aqui? A querida advogada Hester Crimstein.
Esse livro nos traz diversos dilemas: até onde vai o limite da proteção dos pais com os seus filhos? Será que vale qualquer coisa para protege-los, é possível criar crianças e adolescentes dentro de uma redoma de vidro? Isso vai fazer bem a eles? Mas se algo ruim acontecer, você irá se culpar por não ter feito mais? Não tem uma resposta certa ou pronta, cada situação é única. O Harlan tensiona todos os limites, para nos fazer viver situações muito complicadas através de diversos personagens. E sim, nos deixar sem chão depois das reviravoltas eletrizantes.

“A tristeza das canções é um sofrimento seguro. Controlado. Quase uma diversão. Quando ouvimos uma música triste, ficamos imaginando que a dor real seja como aquela. Mas não é. Não é possível se preparar para a dor real. Simplesmente nos deixamos dilacerar por ela.”
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