sábado, 2 de fevereiro de 2019

Resenha: No meu sonho te amei / Abbi Glines


Quem já leu Abbi Glines, autora da série iniciada com o livro ‘Paixão sem limites’, imagina que irá encontrar algo parecido com os livros da série nesse lançamento, uma paixão, cenas muito hot, tensões e finais felizes, mas  ‘No meu sonho te amei’ apresenta uma nova faceta da autora, o drama.

Mas calma, não é um daqueles livros que nos fazem chorar horrores, te sim muita paixão e algumas cenas hot já características da autora e adianto que temos um final feliz e uma grande reviravolta na narrativa da história em si. No momento em que chegamos na segunda parte do livro precisamos rever tudo aquilo que lemos até então com um novo olhar.

Vale e seu namorado Crawford se conhecem desde sempre, se apaixonaram ainda crianças e planejaram juntos um futuro na universidade, eles se amam e tudo vai ser perfeito porque vão estar juntos nesse novo capítulo de suas vidas, eis que na noite de formatura eles sofrem um acidente de carro e todos os planos vão por água abaixo.

Enquanto Vale sofre apenas ferimentos leves, Crawford fica em coma, fazendo com que Vale se sinta perdida, eles iriam para a faculdade dali a 6 meses e se ele não acordasse? Será que era certo seguir a vida enquanto ele estava dormindo forçado? E o pior, a Vale não sabia viver sem o Crawford porque ele sempre esteve ao seu lado tomando todas as decisões difíceis.

Entre idas e vindas ao hospital, Vale conhece Slate Allen um garanhão dos piores, conhecido por não negar sexo em nenhum momento: qualquer mulher, qualquer lugar era ideal para ele, sua lista de conquistas era longa e bastava um de seus sorrisos para que as mulheres ao seu redor se derretessem, mas havia um lado de Slate que a maioria não conhecia, o menino que foi criado pelo tio que estava enfrentando um câncer terminal.

Depois de muito relutar, Vale decide ir para a faculdade, mas voltaria todo final de semana para ver o Crawford, ela se adapta muito bem a faculdade, e descobre que a vida ao lado de seu namorado de infância não era assim tão perfeita, agora sem ele, ela fazia suas próprias escolhas e seguia os caminhos que ela queria, sem precisar pensar o que ela poderia fazer para deixar ele mais feliz, ao mesmo tempo que ela vai construindo sua nova identidade ela percebe que sente uma atração incontrolável pelo Slate, apesar de sua fama, ela conheceu o outro lado dele, ele se tornara um amigo de verdade, já que ambos estavam na mesma situação: com entes queridos presos numa cama de hospital, mas será que o garanhão irá se contentar com uma amizade? Será que Vale irá conseguir controlar seus impulsos que dizem para ela agarrar o Slate e nunca mais soltar? E o que fazer quando Crawford acordar, e se ele nunca mais acordar? É quando Vale decide se entregar a paixão que temos a grande reviravolta do livro, não vou contar porque vai ser spolier, mas prestem atenção ao título do livro, ele não foi escolhido por acaso.

Esse livro me fez refletir sobre relacionamentos abusivos, até onde podemos ir em nome de fazer feliz quem está ao nosso lado? Será que não é melhor pensarmos em nossa felicidade individual em primeiro lugar? E ambos juntos construírem um equilíbrio? Bem, acho que quando falamos de amor, nunca devemos julgar ninguém, ficamos cegos e só conseguimos pensar na pessoa amada, é difícil imaginar um mundo sem que essa pessoa esteja ao nosso lado, né? Mas temos que refletir bastante e ficar atentos se de fato a relação é saudável, Vale só percebeu que Crawford não era o senhor perfeito quando ele entrou em coma e um garanhão sem nenhuma das características que uma mulher procura para um relacionamento estável, se mostrou perfeito em suas imperfeições, ei não falei com quem ela fica, ok? Haha Isso vocês descobrem só lendo o livro, mas acho que é válido dizer que nunca vamos encontrar a perfeição em nada nessa vida, acho que temos que ir se encaixando como num quebra cabeça, uma parte de um e outra parte do outro, para conciliar amor, paixão, sexo, felicidade mútua e conseguir ter um relacionamento saudável, não idealizado e real.



“Quantas vezes me vi no meu quarto do dormitório à noite, repetindo para mim mesma que não precisa de homem nenhum para ser feliz, que encontraria a felicidade dentro de mim mesma? No entanto, nada disso impedia que eu sentisse saudade dele também, que imaginasse como ele estava.”

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