Quem já leu Abbi Glines, autora da
série iniciada com o livro ‘Paixão sem limites’, imagina que irá encontrar algo
parecido com os livros da série nesse lançamento, uma paixão, cenas muito hot, tensões e finais
felizes, mas ‘No meu sonho te amei’
apresenta uma nova faceta da autora, o drama.
Mas calma, não é um daqueles livros
que nos fazem chorar horrores, te sim muita paixão e algumas cenas hot já
características da autora e adianto que temos um final feliz e uma grande
reviravolta na narrativa da história em si. No momento em que chegamos na
segunda parte do livro precisamos rever tudo aquilo que lemos até então com um
novo olhar.
Vale e seu namorado Crawford se
conhecem desde sempre, se apaixonaram ainda crianças e planejaram juntos um
futuro na universidade, eles se amam e tudo vai ser perfeito porque vão estar
juntos nesse novo capítulo de suas vidas, eis que na noite de formatura eles
sofrem um acidente de carro e todos os planos vão por água abaixo.
Enquanto Vale sofre apenas
ferimentos leves, Crawford fica em coma, fazendo com que Vale se sinta perdida,
eles iriam para a faculdade dali a 6 meses e se ele não acordasse? Será que era
certo seguir a vida enquanto ele estava dormindo forçado? E o pior, a Vale não
sabia viver sem o Crawford porque ele sempre esteve ao seu lado tomando todas
as decisões difíceis.
Entre idas e vindas ao hospital,
Vale conhece Slate Allen um garanhão dos piores, conhecido por não negar sexo
em nenhum momento: qualquer mulher, qualquer lugar era ideal para ele, sua
lista de conquistas era longa e bastava um de seus sorrisos para que as
mulheres ao seu redor se derretessem, mas havia um lado de Slate que a maioria
não conhecia, o menino que foi criado pelo tio que estava enfrentando um câncer
terminal.
Depois de muito relutar, Vale
decide ir para a faculdade, mas voltaria todo final de semana para ver o
Crawford, ela se adapta muito bem a faculdade, e descobre que a vida ao lado de
seu namorado de infância não era assim tão perfeita, agora sem ele, ela fazia
suas próprias escolhas e seguia os caminhos que ela queria, sem precisar pensar
o que ela poderia fazer para deixar ele mais feliz, ao mesmo tempo que ela vai
construindo sua nova identidade ela percebe que sente uma atração incontrolável
pelo Slate, apesar de sua fama, ela conheceu o outro lado dele, ele se tornara
um amigo de verdade, já que ambos estavam na mesma situação: com entes queridos
presos numa cama de hospital, mas será que o garanhão irá se contentar com uma
amizade? Será que Vale irá conseguir controlar seus impulsos que dizem para ela
agarrar o Slate e nunca mais soltar? E o que fazer quando Crawford acordar, e
se ele nunca mais acordar? É quando Vale decide se entregar a paixão que temos
a grande reviravolta do livro, não vou contar porque vai ser spolier, mas
prestem atenção ao título do livro, ele não foi escolhido por acaso.
Esse livro me fez refletir sobre
relacionamentos abusivos, até onde podemos ir em nome de fazer feliz quem está
ao nosso lado? Será que não é melhor pensarmos em nossa felicidade individual
em primeiro lugar? E ambos juntos construírem um equilíbrio? Bem, acho que
quando falamos de amor, nunca devemos julgar ninguém, ficamos cegos e só
conseguimos pensar na pessoa amada, é difícil imaginar um mundo sem que essa
pessoa esteja ao nosso lado, né? Mas temos que refletir bastante e ficar
atentos se de fato a relação é saudável, Vale só percebeu que Crawford não era
o senhor perfeito quando ele entrou em coma e um garanhão sem nenhuma das
características que uma mulher procura para um relacionamento estável, se mostrou
perfeito em suas imperfeições, ei não falei com quem ela fica, ok? Haha Isso
vocês descobrem só lendo o livro, mas acho que é válido dizer que nunca vamos
encontrar a perfeição em nada nessa vida, acho que temos que ir se encaixando
como num quebra cabeça, uma parte de um e outra parte do outro, para conciliar
amor, paixão, sexo, felicidade mútua e conseguir ter um relacionamento
saudável, não idealizado e real.
“Quantas vezes me vi no meu quarto
do dormitório à noite, repetindo para mim mesma que não precisa de homem nenhum
para ser feliz, que encontraria a felicidade dentro de mim mesma? No entanto,
nada disso impedia que eu sentisse saudade dele também, que imaginasse como ele
estava.”
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