Um livro sobre escolhas, amor,
redenção e destino o que vale mais: abrir mão do seu sonho individual ou
construir um novo sonho junto com a pessoa que você ama? Clare Swatman através
de uma história comovente faz com que a gente questione nossas próprias vidas.
Zoe e Ed são um casal em crise, logo
no início do livro percebemos que as coisas não vão muito bem para eles, uma
simples sujeira no chão é motivo de briga, que faz com que Ed saia de casa para
trabalhar sem se despedir e horas depois Zoe descubra que ele havia sofrido um
acidente e estava morto.
“ – Mas eu estava muito zangada com
ele. E ele não tinha feito nada errado. Eu nem me despedi, e agora ele morreu e
nunca mais vou poder dizer a ele quanto o amo. É tarde demais. O que vou fazer
agora?”
Ele havia saído para sempre de sua
vida e a última coisa que falou com ele foi sobre uma besteira, Zoe se sente
muito mal e entra em uma depressão, até que um dia ela decide ir arrumar o
jardim no meio de uma chuva, quando escorrega e bate a cabeça.
Junto com Zoe acordamos no passado e
começamos a descobrir o motivo do livro ter o título ‘Meus dias com você’,
vamos revivendo junto com a Zoe todos os momentos, ou os principais momentos
dela e do Ed, desde o dia em que se conheceram até o fatídico dia da morte e a
pergunta que fica durante todo o momento, será que a Zoe irá conseguir mudar
alguma coisa para que esse final seja diferente? Se a vida lhe deu essa
oportunidade, ela não pode deixar de utilizar ou ao menos tentar.
Ao longo dos capítulos, Zoe começa
a perceber que fez muitas escolhas erradas durante a vida, vou dar dois
exemplos: o sonho dela era se casar, enquanto o Ed tinha repulsa da instituição
casamento, mas sonhava com ter filhos, Ed prepara uma viagem para Paris e ela
não consegue aproveitar nenhum segundo, pois em todo momento fica na
expectativa de que ele vai pedi-la em casamento, como resultado eles têm um
fiasco ao invés de uma viagem romântica, bem, tempos depois, Ed cede e eles se
casam, por outro lado, Zoe não quer ceder, ela não quer ter filhos de maneira
alguma, e o pior no futuro as coisas vão ficar complicadas e Zoe vai afastar
todos, inclusive o Ed, devido a necessidade de engravidar, de volta ao passado ela tenta mudar, faz com que tenham,
por exemplo, uma viagem incrível em Paris, mas será que está mudando o
suficiente?
A primeira pergunta que eu fiz a
mim mesma quando terminei a leitura foi: será que eu estou sendo muito egoísta
na minha vida? Será que estou cega em meus desejos individuais e não enxergo
que preciso compartilhar mais, ceder mais para que aqueles que eu amo possam
também atingir seus objetivos? Claro que nem sempre a gente controla tudo, e
nós não temos a oportunidade de voltar no tempo para consertar erros depois de
ver que eles eram erros, mas a leitura do livro e as atitudes da Zoe fizeram com
que eu repensasse as minhas, às vezes estamos tão dentro de nossos universos
particulares que acabamos afastando aquelas pessoas que mais querem o nosso bem,
será que não podemos alcançar um equilíbrio entre todos os desejos? É aquela
velha máxima: o que é melhor, ser feliz ou ter razão? Zoe só percebeu que ser
feliz era o que mais importava quando perdeu o homem da sua vida, bem, é melhor
não fazer igual a ela, né?
Equilíbrio é o que sempre devemos
buscar em nossas vidas, o amor é mais do que se jogar num abismo desconhecido,
ele deve ser cultivado, podado e regado para crescer corretamente e se alguém
esquecer de regar ou de podar, de dizer que ama, de ceder ou simplesmente
compartilhar o que está sentindo, pode assim como uma planta, morrer.
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