domingo, 18 de fevereiro de 2018

Resenha: A mulher na janela / A. J. Finn


Esse é aquele tipo de livro que cada nova página parece uma nova cena de tão bem escrito, um final eletrizante que me fez ficar aflita junto com Anna Fox para descobrir toda a verdade, mesmo que ela não seja nada agradável.

Graças a Editora Arqueiro, já deixo desde já mais uma vez o agradecimento, o blog foi selecionado para ler o livro antes do lançamento, que será mês que vem (março). Compartilhamos com vocês em primeira mão nossa resenha e já vai juntando dinheiro, porque esse vai ser um #mustread para todo #HarlanLover.

Nos primeiros capítulos achei um pouco cansativo, demorei bastante para ler as primeiras cinquenta páginas, porque A. J. Finn precisa nos ambientar e construir todos os personagens, principalmente a principal Anna Fox, ou para quem não tem intimidade Dra. Fox, mas depois que a gente se ambienta o livro fica eletrizante, então fica a dica inicial: não desamine no início, toda a ambientação vai fazer sentido.

Anna Fox possui agorafobia, uma doença que faz com que ela tenha que ficar dentro de casa, em seu ambiente seguro, para ela ir no seu próprio jardim é um desafio, comemorado quando atingido. Ela é fã de filmes policiais antigos, aqueles em preto em branco, como os de Hitchcock, estão entre os seus favoritos. No passado ela fora médica psicanalista especialista em crianças, mas já faz alguns meses que sua casa é seu único refúgio, como hobbie para o tempo vago, além dos filmes, Anna gosta de bisbilhotar a vizinhança, com sua câmera fotográfica ela vai  observando o dia-a-dia dos vizinhos, sabe que de um lado uma esposa trai o marido assim que ele sai, em outra casa tem um adolescente músico que toca muito bem por sinal, uma das vizinhas promove um clube do livro, que Anna inclusive lê os livros que por lá são discutidos, nada muito tóxico, afinal ela só precisava distrair a mente e não fazia mal algum acompanhar de longe a vida dos vizinhos, não é mesmo?

Tudo começa a mudar quando uma nova família, os Russels, se muda para uma casa que fica a uma praça de distância da casa de Anna, ela subitamente desenvolve uma fixação por descobrir mais sobre os recém-chegados, quem são eles? O que fazem? Por que se mudaram? E não é lá muito fácil ter respostas a essas perguntas quando não tem contato físico com as pessoas.

Certo dia quando Anna precisa ir até a porta de casa porque as crianças estavam jogando alguma coisa nela, ela dá de cara com Jane Russel, a tal nova vizinha, que resgata Anna após um escorregão e o mais inusitado é que Anna a convida para entrar e as duas passam a tarde conversando. Anna achou Jane uma mulher incrível, super alto astral, imaginou que poderia ter uma amizade com ela.

Só que algumas coisas estranhas começam a acontecer, que cominam com Anna vendo através de sua câmera Jane ser esfaqueada lá do outro lado do parque. Ela tenta ir até lá, mas perde as forças, entra em crise e é resgatada por uma ambulância no meio do parque. Tudo fica mais estranho quando ao acordar no hospital, Anna descobre que os detetives não encontraram nenhuma mulher esfaqueada, a Sra. Russel estava em casa, passando muito bem de saúde.

Nesse momento preciso contar mais um detalhe sobre Anna, ela tinha um hábito muito ruim de misturar bebida alcoólica com a sua medicação, mas não era uma taça, era uma ou duas ou quem sabe mais, garrafas de vinho. Então, ficamos pensando junto com os detetives que claro, ela estava delirando, ninguém foi esfaqueada, o combo: remédios, álcool e filmes policiais a fez ter alucinações, óbvio.

Até poderia ser, mas o problema é quando ela descobre que a Sra. Russel que estava em casa, não era a mesma mulher que a visitara dias atrás, quem era essa mulher? E porque estava se passando pela verdadeira Jane? Então não era um delírio, a Sra. Russel fora substituída, mas cada nova constatação da Anna fazia os detetives e todos ao seu redor desacreditarem ainda mais dela.

Nem mesmo quando Anna sente que alguém está entrando em sua casa de noite, em uma sequência de arrepiar, ninguém acredita nela, mas ela continua dizendo: Eu sei o que vi.

Durante todo o livro a gente desconfia da sanidade da Anna, será que podemos acreditar nela, será que isso tudo é uma viagem louca comandada por remédios e álcool? Uma coisa eu garanto, faz muito sentido a Anna estar do jeito que ela está, há um segredo sobre a sua vida, que quando desvendado me tirou lágrimas e pude entende-la. Vamos descobrindo sobre ela e seu passado aos poucos, juntando os fragmentos para enfim descobrir a verdade, a dica final é cuidado com a sua janela.

Quem curte os livros policiais com uma pegada mais psicológica, como por exemplo, ‘Garota Exemplar, ‘A garota no trem’ ou até mesmo o filme ‘Paranoia’ com Shia LaBeouf vai curtir esse livro, apesar das personagens principais do ‘A garota no trem’ e o ‘a mulher na janela’, em um primeiro olhar parecerem idênticas devido a bebida e ambas terem visto algo que não deviam, os livros são completamente diferentes, e estas duas características são as únicas que as aproximam.

Anna Fox é uma personagem forte, que sofre com as consequências das ações de seu passado, o livro tem duas reviravoltas bem impactantes, uma delas eu descobri antes da revelação devido a uma pequena pista, depois de ler todos os livros do Harlan a gente fica sempre atento, não é mesmo?! Mas a segunda delas, me pegou muito de surpresa e mesmo com minha teoria na cabeça precisei virar as páginas rapidamente para descobrir se eu estava certa ou se tinha entrado numa espiral de teorias loucas, se prepare para criar as suas teorias e virar as páginas com aflição com esse livro que está sendo sucesso de vendas onde é lançado. Dia 05 de março em todas as livrarias.

#EuSeiOQueVi


4 comentários:

  1. Adorei a resenha. Já está na minha lista de leitura ;)

    www.primeiroscapitulos.blogspot.com.br

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  2. Puxa, fiquei bem curiosa com sua resenha do livro *-*
    Com certeza irei ler ele algum dia (romance policial? Já sei que vou amar!).
    Beijinhos, parabéns pela resenha e obrigada pela dica de leitura.
    Isabelle - Attraverso le Pagine

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