Esse é aquele tipo de livro que
cada nova página parece uma nova cena de tão bem escrito, um final eletrizante
que me fez ficar aflita junto com Anna Fox para descobrir toda a verdade, mesmo
que ela não seja nada agradável.
Graças a Editora Arqueiro, já deixo
desde já mais uma vez o agradecimento, o blog foi selecionado para ler o livro antes do lançamento, que será mês que vem (março). Compartilhamos com
vocês em primeira mão nossa resenha e já vai juntando dinheiro, porque esse vai
ser um #mustread para todo #HarlanLover.
Nos primeiros capítulos achei um pouco cansativo, demorei bastante para ler as primeiras cinquenta
páginas, porque A. J. Finn precisa nos ambientar e construir todos os
personagens, principalmente a principal Anna Fox, ou para quem não tem
intimidade Dra. Fox, mas depois que a gente se ambienta o livro fica
eletrizante, então fica a dica inicial: não desamine no início, toda a
ambientação vai fazer sentido.
Anna Fox possui agorafobia, uma
doença que faz com que ela tenha que ficar dentro de casa, em seu ambiente
seguro, para ela ir no seu próprio jardim é um desafio, comemorado quando
atingido. Ela é fã de filmes policiais antigos, aqueles em preto em branco,
como os de Hitchcock, estão entre os seus favoritos. No passado ela fora médica
psicanalista especialista em crianças, mas já faz alguns meses que sua casa é
seu único refúgio, como hobbie para o tempo vago, além dos filmes, Anna gosta
de bisbilhotar a vizinhança, com sua câmera fotográfica ela vai observando o dia-a-dia dos vizinhos, sabe que
de um lado uma esposa trai o marido assim que ele sai, em outra casa tem um
adolescente músico que toca muito bem por sinal, uma das vizinhas promove um
clube do livro, que Anna inclusive lê os livros que por lá são discutidos, nada
muito tóxico, afinal ela só precisava distrair a mente e não fazia mal algum
acompanhar de longe a vida dos vizinhos, não é mesmo?
Tudo começa a mudar quando uma nova
família, os Russels, se muda para uma casa que fica a uma praça de distância da
casa de Anna, ela subitamente desenvolve uma fixação por descobrir mais sobre
os recém-chegados, quem são eles? O que fazem? Por que se mudaram? E não é lá
muito fácil ter respostas a essas perguntas quando não tem contato físico com
as pessoas.
Certo dia quando Anna precisa ir
até a porta de casa porque as crianças estavam jogando alguma coisa nela, ela dá de
cara com Jane Russel, a tal nova vizinha, que resgata Anna após um escorregão e
o mais inusitado é que Anna a convida para entrar e as duas passam a tarde
conversando. Anna achou Jane uma mulher incrível, super alto astral, imaginou
que poderia ter uma amizade com ela.
Só que algumas coisas estranhas
começam a acontecer, que cominam com Anna vendo através de sua câmera Jane ser
esfaqueada lá do outro lado do parque. Ela tenta ir até lá, mas perde as
forças, entra em crise e é resgatada por uma ambulância no meio do parque. Tudo
fica mais estranho quando ao acordar no hospital, Anna descobre que os
detetives não encontraram nenhuma mulher esfaqueada, a Sra. Russel estava em
casa, passando muito bem de saúde.
Nesse momento preciso contar mais
um detalhe sobre Anna, ela tinha um hábito muito ruim de misturar bebida
alcoólica com a sua medicação, mas não era uma taça, era uma ou duas ou quem sabe
mais, garrafas de vinho. Então, ficamos pensando junto com os detetives que
claro, ela estava delirando, ninguém foi esfaqueada, o combo: remédios, álcool
e filmes policiais a fez ter alucinações, óbvio.
Até poderia ser, mas o problema é
quando ela descobre que a Sra. Russel que estava em casa, não era a mesma
mulher que a visitara dias atrás, quem era essa mulher? E porque estava se
passando pela verdadeira Jane? Então não era um delírio, a Sra. Russel fora
substituída, mas cada nova constatação da Anna fazia os detetives e todos ao
seu redor desacreditarem ainda mais dela.
Nem mesmo quando Anna sente que
alguém está entrando em sua casa de noite, em uma sequência de arrepiar,
ninguém acredita nela, mas ela continua dizendo: Eu sei o que vi.
Durante todo o livro a gente
desconfia da sanidade da Anna, será que podemos acreditar nela, será que
isso tudo é uma viagem louca comandada por remédios e álcool? Uma coisa eu
garanto, faz muito sentido a Anna estar do jeito que ela está, há um segredo
sobre a sua vida, que quando desvendado me tirou lágrimas e pude entende-la.
Vamos descobrindo sobre ela e seu passado aos poucos, juntando os fragmentos
para enfim descobrir a verdade, a dica final é cuidado com a sua janela.
Quem curte os livros policiais com
uma pegada mais psicológica, como por exemplo, ‘Garota Exemplar, ‘A garota no
trem’ ou até mesmo o filme ‘Paranoia’ com Shia LaBeouf vai curtir esse livro,
apesar das personagens principais do ‘A garota no trem’ e o ‘a mulher na janela’,
em um primeiro olhar parecerem idênticas devido a bebida e ambas terem visto algo
que não deviam, os livros são completamente diferentes, e estas duas características
são as únicas que as aproximam.
Anna Fox é uma personagem forte,
que sofre com as consequências das ações de seu passado, o livro tem duas
reviravoltas bem impactantes, uma delas eu descobri antes da revelação devido a
uma pequena pista, depois de ler todos os livros do Harlan a gente fica sempre
atento, não é mesmo?! Mas a segunda delas, me pegou muito de surpresa e mesmo
com minha teoria na cabeça precisei virar as páginas rapidamente para descobrir
se eu estava certa ou se tinha entrado numa espiral de teorias loucas, se
prepare para criar as suas teorias e virar as páginas com aflição com esse
livro que está sendo sucesso de vendas onde é lançado. Dia 05 de março em todas as livrarias.
![]() |
#EuSeiOQueVi |
Adorei a resenha. Já está na minha lista de leitura ;)
ResponderExcluirwww.primeiroscapitulos.blogspot.com.br
Depois que ler comenta com a gente o que achou :)
ExcluirPuxa, fiquei bem curiosa com sua resenha do livro *-*
ResponderExcluirCom certeza irei ler ele algum dia (romance policial? Já sei que vou amar!).
Beijinhos, parabéns pela resenha e obrigada pela dica de leitura.
Isabelle - Attraverso le Pagine
Esse é pra colocar na lista prioritária! Hahaha
Excluir