segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Resenha da Semana - A Linguagem das Flores/ Vanessa Diffenbaugh


Acho que é meio impossível achar alguém que não goste de flores e até mesmo aqueles que não gostam podem encontrar nesse livro motivos para gostar. Assumo que antes de ler não imaginava que o livro seria tão incrível e com uma aplicabilidade para a vida. 


Victoria Jones uma menina que acaba de completar seus 18 anos e que vivera seus dezoito anos entrando e saindo de famílias adotivas e orfanatos. Ela nunca conhecera seus pais biológicos e acreditava que ela não era digna de ser amada.

A melhor experiência que Victoria teve foi quando viveu 15 meses, com Elizabeth, uma das mulheres que tentaram ser sua mãe adotiva e foi através dela que Victoria aprendeu a linguagem das flores, com apenas nove anos ela já sabia famílias, gêneros e significados. Elizabeth tinha um vinhedo e também introduziu a Victoria aos ensinamentos de cultivo das uvas, mas o passado das duas fez com que o seu futuro juntas ficasse tumultuado. 

Com os seus dezoito anos e emancipada, Victoria não tem perspectiva de futuro e acaba nas ruas, vivendo no meio das flores. Tudo começa a mudar quando ela tem a ideia de pedir um emprego a uma florista, a Renata, que acaba percebendo que Victoria tinha um dom para com as flores. Ao ir ao mercado de flores para ajudar Renata, ela começa a se comunicar pela linguagem das flores com um vendedor desconhecido e sua vida tem uma nova virada. As flores e a linguagem delas era algo íntimo de Victoria e quando o tal vendedor a responde usando a mesma linguagem ela se sente extremamente intrigada.

Podemos perceber na leitura como deve ser complicado viver sem perspectivas, achando sempre que ninguém te ama, não tendo família a qual recorrer nos piores momentos, sendo sempre você contra o mundo desde seu nascimento, assim podemos entender que os momentos felizes de Victoria parecem os seus olhos, fugazes, que a qualquer momento tudo vai dar errado e deve ser difícil também de aceitar que algo feliz possa acontecer a ela, mas apesar de todos os desafios e escolhas erradas da vida, ela se encontra nas flores, como se elas fossem sua casa e consegue mudar a vida dela e de muitas outras pessoas.

É o primeiro livro da Vanessa Diffenbaugh e a Editora Arqueiro o relançou com uma capa mais que maravilhosa, se você gosta de romances é uma leitura de um, dois dias no máximo, se você gosta nem que seja um pouquinho de flores e tem alguma curiosidade sobre seus significados é uma leitura obrigatória, prepare-se para descobrir os segredos ocultos em cada flor e seus significados que vem desde a Era Vitoriana...

“Ela surgiu na era vitoriana, quando as pessoas ainda se comunicavam por meio das flores. Ao receber um buquê de um rapaz, as moças corriam para casa a fim de tentar decifrar sua mensagem secreta. Rosas vermelhas significavam amor; as amarelas, infidelidade. Então os homens precisavam escolher as flores com cuidado.”


Se eu fosse escolher uma trilha sonora para o livro, seria: Shots – Imagine Dragons


Ah, no final do livro tem um anexo: “O dicionário de flores de Victoria” e aqui está um “tira-gosto”:

Cactos ( Opuntia): Amor ardente

Musgo (Bryopsida): Amor materno

Margarida ( Bellis): Inocência

Girassol ( Helianthus annuus): Falsa riqueza


E para finalizar a nova capa do livro ficou i-n-c-r-í-v-e-l, deem uma olhada:




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