segunda-feira, 30 de março de 2015

Resenha da semana: O voo da Libélula/Michel Bussi


Eletrizante. “O voo da Libélula” é o tipo de livro que você simplesmente não consegue largar. Michel Bussi nos apresenta situações inimagináveis com uma grande riqueza de detalhes, assumo que fiquei aflita em várias partes do livro.


O que preciso destacar em primeiro lugar é a “metalinguagem”, sim lá da gramática! Porquê? Bem, o livro é uma ficção policial, onde temos um detetive (Crédule Grand Duque) e ao mesmo tempo que lemos a história dos personagens principais, eles também estão lendo (ou tentando) o diário do detetive, então enquanto você está lendo, os fatos ocorrem nas vidas dos personagens principais, mas as vezes, o leitor, nós, estamos lendo junto com eles e descobrindo ou não os mistérios junto com os personagens, incrível, não?



Segundo destaque do livro: o fato de ele ser na França. Eu particularmente leio uma grande quantidade de livros que são ambientados nos EUA ou em Londres, durante a leitura, nós sempre acabamos conhecendo um pouco do local, então em “O voo da Libélula”, prepare-se para ser apresentado a lugares peculiares da França, de estações de trem a uma cidade construída pela Disney.

Depois desses dois destaques, vamos para história. Logo na capa podemos ler “Duas bebês, um trágico acidente de avião, só uma sobrevive. Qual delas?” Duas famílias bem diferentes, de classes sociais invertidas, recebem a mesma notícia: houve um acidente com o Airbus 5403 Istambul-Paris e seus filhos e sua neta estavam mortos, dias antes do Natal, para o qual haviam viajado para se reunir com a família, e ambos os casais deixaram um filho, Marc Vitral, da família mais humilde e Malvina Carvilhe da família rica. Mas eis que surge uma luz no fim do túnel e uma bebê é encontrada, a única sobrevivente do acidente e a partir desse momento se inicia uma grande batalha judicial, cujo o resultado assassinaria uma bebê mas qual delas? Lyse-Rose Carville ou Émilie Vitral? Depois de um longo processo o juiz acaba declarando sua sentença a favor dos Vitral, apesar da sentença ter sido definida a dúvida permaneceu constante. A avó Carville contrata então um detetive particular, o Crédule Grand Duque, para que ele descubra a verdade a qualquer custo.

Passados 18 anos, 18 anos da vida da Lylie, (a sobrevivente do acidente), 18 anos de investigação do Grand Duque e nenhum resultado concreto. Grand Duque resolve então dar o seu diário com todas as suas anotações ao longo dos anos a Lylie e tirar a sua própria vida, mas no momento que ele está preparado para se matar ele acaba desvendando todo o mistério. O que será que ele descobriu? A leitura do diário por Lylie e depois pelo Marc os levará a caminhos desconhecidos e para conseguir desvendar todos os mistérios que envolvem o acidente eles terão que encarar a morte cara a cara. 

O interessante do livro, além da parte da investigação e do diário do Grand Duque, que por sinal é muito divertido, apesar de as vezes dar vontade de gritar: “Diz logo o que você sabe Grand Duque, para de enrolar!”, é a dimensão das vidas, das famílias. Duas crianças, Marc e Malvina, ficaram órfãs, quatro avós perderam seus filhos, se coloque no lugar deles e me diz, até onde você iria segurando um fio de esperança para resgatar um membro de sua família? Você abriria mão sem nunca ter tido certeza? E pior, a dimensão da Lylie, qual seria a sua verdadeira identidade?

Emocionante, instigante e sagaz. É com certeza um #MustRead para os amantes da literatura policial, se ainda tem dúvidas entre ler ou não, tenho mais duas informações importantes: Michel Bussi já ganhou 15 prêmios literários na França e em breve o livro terá uma produção cinematográfica.


Sim, o promocional é um aviãozinho <3

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