domingo, 17 de setembro de 2017

Resenha da semana: Fortaleza Impossível / Jason Rekulak

Em ‘Fortaleza Impossível’ a gente viaja aos anos 80, com um grupo de amigos nem um pouco uniforme, mas que nos faz reviver nossos anos de escola e relembrar todas as escolhas e sonhos loucos que temos durante esse período de nossas vidas.

Você consegue imaginar um mundo sem computador? Ou pior sem smartphones e sem redes sociais? Doideira, né? Então, só que isso nem faz tanto tempo assim, logo ali nos anos 80, todas essas tecnologias, que hoje não vivemos sem, ainda nem existiam e é onde o livro é ambientado. Eu sou 90’s kid, então peguei um pouco desse mundo sem internet tão acessível, mas mesmo assim, em vários momentos me peguei pensando: ‘ah, manda um áudio no whats pra ela e pronto’, foi muito legal mergulhar nesse mundo sem wifi por alguns dias.

Billy Marvin é um daqueles garotos meio zero a esquerda na escola, com seus 14 anos não gostava de jogar futebol, não tinha notas altas, mas em uma coisa ele era bom: programar, seu sonho era ser um programador de jogos, mas este também era o seu segredo, que não ousava dividir nem com seus melhores amigos: Alf e Clark, o primeiro é aquele amigo louco que todo mundo sempre tem um, que tem as ideias mais insanas e Clark seria o galã da escola, se não tivesse nascido com um problema na mão, seus dedos são colados, então ele e seus amigos chamam uma de suas mãos de garra e é claro que Clark acreditava que todas as meninas se afastavam dele ao vê-la, então sempre tentava ao máximo escondê-la.

A aventura dos três se inicia quando Vanna White, uma das apresentadoras da TV mais famosa e favorita deles sai na revista Playboy. Eles e todo garoto de 14 anos ficam loucos para ver as fotos, mas como eram menores de idade não podiam simplesmente ir lá e comprar um exemplar, então eles bolam alguns planos para ter Vanna White em suas mãos.

E um desses planos, os leva até a loja do pai da Mary Zelinsky, uma menina gordinha da vizinhança, que sabia muito de programação, ela ao ver Billy interessado nos computadores Commodore 64, o entrega um panfleto de uma competição de games, onde o vencedor além de ganhar um prêmio em dinheiro poderia conhecer um super programador, ídolo do Billy, Fletcher Mulligan.

Quando Clark e Alf decidem que para conseguirem uma playboy precisariam seduzir Mary, Clark intervém dizendo que ele mesmo iria seduzir Mary. O que Clark e Alf não sabiam era que Clark e Mary formariam uma dupla de programadores. Ele tinha feito o ‘Fortaleza Digital’, mas não achava que estava perfeito, o achava muito lento, quando vira que Mary sabia muita coisa de programação, não perdeu a oportunidade de pedir algumas dicas, mas rapidamente os dois formam uma equipe inusitada numa corrida contra o tempo para deixar o jogo perfeito para a competição.

Billy e Mary vão se tornando cada vez mais próximos, no meio de códigos e mais códigos de programação, Vanna White vai se tornando cada vez menos importante para ele, diferentemente de seus amigos, que já haviam montado um grande esquema de venda de xerox das fotografias, para depois que conseguissem ter a revista em suas mãos.

O que Billy não poderia imaginar é que Mary escondia um grande segredo, que o seu jogo tão importante se tornaria um fardo e que teria a tão desejada revista a sua disposição, mas ficaria com raiva de colocar as mãos nela.

Esse livro foi uma viagem deliciosa aos anos 80, tem muitas referências e é impossível não se identificar, nem que seja um pouquinho com esses adolescentes, porque fazer escolhas erradas e não dizer o que realmente está sentindo está no DNA de todo mundo durante esse período da vida, o que posso dizer é que vale muito a pena se aventurar por todas as fases desse livro, para no final conseguir resgatar a princesa na fortaleza e receber de brinde uma ótima história.


Ficou curioso para jogar ‘Fortaleza Impossível’? O escritor realmente criou o jogo, clique aqui pra jogar.

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