Mary Balogh finaliza a série dos
Bedwyns de forma magistral: a história de amor de Wulfric, aquele que vimos por
muito tempo como o homem de gelo, tem um coração muito maior do que poderíamos
imaginar.
Wulfric Bedwyn, todo mundo que já
leu algum livro da série o conhece, como o chefe da família, o frio duque de
Bewcastle, que desde muito novo foi criado para esta função. Como todas as histórias de seus irmãos, a do Wulf não poderia ser diferente provando que quando se trata de amor e Bedwyns nada pode ser convencional. A gente conhece o duque que usa o seu monóculo
e exala superioridade por onde quer que passe, mas que também sempre está
presente para resolver os problemas de seus irmãos, será que Bewcastle tem um
coração afinal? Após conseguir ajudar todos os seus irmãos a conseguirem seus ‘finais
felizes’, Wulf está se sentindo sozinho, ainda mais após a morte de sua amante
de longa data. É nessa vibe meio forever alone, que ele aceita passar uma
temporada no interior de Londres, a pedido de um amigo.
O que ele não poderia imaginar que
essa temporada era um noivado, com muitas jovens querendo arranjar um marido, e
ele como duque, apesar de toda a frieza e idade avançada de 35 anos, era um
ótimo partido.
Christine Derrick, por outro lado,
sabia exatamente para qual temporada estava indo, e foi forçada a ir, pela sua
amiga e anfitriã, já que o duque foi confirmado de última hora, então se
Christine não fosse, o número de homens e mulheres seria diferente, isto que era
inadmissível para a alta sociedade. Christine já era viúva antes de seus 30
anos, seu marido morrera jovem durante uma caçada, ela é um espírito livre, que
ilumina todos os lugares, sempre está sorrindo e se dá super bem com as
crianças.
Ambos não poderiam ser mais opostos
não é mesmo? Mas certos orgulhos e preconceitos são quebrados ao longo desta
temporada que ambos gostariam de num primeiro momento ter perdido, mas que mudará suas vidas para sempre.
E aos poucos vamos descobrindo mais
sobre a vida da Christine, do porque ela vive com muito pouco após a morte do
marido e com a história dela aprendemos que as vezes a rasteira vem daquela
pessoa que a gente menos espera, quanto ao duque a cada página percebemos que o
coração de gelo é muito mais mole que poderíamos imaginar. Enquanto ela foi
criada podendo expor tudo que sentia a todo momento, ele foi criado para ter
decoro, para nunca mostrar o que realmente está sentido ou pensando. Será que o
amor é forte para superar tantas diferenças e mais, qual dos dois irá passar por
cima de seu orgulho e seu preconceito para se entregar ao amor?
Quem nunca se escondeu com uma
máscara de felicidade ou frieza? As vezes, não estamos realmente sentindo aquilo
que expressamos, para nos proteger ou porque não queremos compartilhar nossos
sentimentos mesmo, mas será que é melhor ser altamente espontâneo ou guardar
tudo para si? A resposta certa não existe. Balogh nos mostra que quando você
realmente ama alguém, todas as fachadas perdem o sentido, pois são desvendadas com apenas um olhar
da pessoa amada.
Com vocês algumas lições do Wulf:
“Nunca se envolva emocionalmente
com qualquer outra pessoa.
Nunca busque saber ou partilhar das
emoções de outra pessoa.
Permaneça altivo
Lide com os fatos.
Sempre busque um curso de ação
racional em qualquer situação, evitando agir por impulso ou dominado pela
emoção.”
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