Jojo Moyes já é uma das escritoras
de romances consagradas do nosso tempo, pegar qualquer um de seus livros é ter
a certeza de que você irá se apaixonar pelas histórias, se identificar e ao
mesmo tempo, pensar criticamente sobre sua própria vida.
Em Paris para dois e outros contos,
temos dez histórias com o selo Jojo Moyes de aprovação, todas muito cativantes,
este é um ótimo livro para quem nunca leu nada dela e quiser conhecer, porque é
bem fininho e dá pra perceber a versatilidade de sua escrita.
O primeiro conto, o que dá o nome
ao livro, Paris para dois um, é uma história sobre uma mulher que nunca
saiu da sua zona de conforto, tem um emprego ok, serve de exemplo como a pessoa
que nunca faz nada impulsivamente. Até que num belo dia ela resolve comprar
passagens para ela e seu namorado, para um final de semana em Paris, só que em
cima da hora seu bendito namorado, resolve não aparecer e ela fica sozinha em
Paris. Em um primeiro momento ela resolve voltar pra casa imediatamente, mas
como as passagens estavam muito caras, seu lado racional fala mais alto e ela
acaba ficando em Paris. Tudo começa a mudar quando ela conhece um francês, um
escritor frustrado, que ela leva para passeios em Paris e para uma verdadeira
viagem de autoconhecimento, que a faz repensar todas as suas escolhas.
Os três contos seguintes: ‘Entre
tuítes’, ‘Tarde de amor’ e ‘Um pássaro na mão’, colocam em questão a mesma
coisa: Será que sua vida é baseada somente em verdades, ou construída em cima
de mentiras muito bem articulas e o pior será que vale a pena descobrir a
verdade e arruinar sua vida? Nestes três contos vemos diferentes respostas para
esta pergunta.
O conto seguinte, ‘Sapatos de couro
de crocodilo’, é um dos meus favoritos, e fala sobre o poder de um par de
sapatos, mas que na verdade não tem poder algum, eles geram apenas uma grande
autoconfiança para quem tem a oportunidade de usa-los, quem nunca se sentiu uma
diva com Aqueles sapatos, não é mesmo? Haha
Os três contos seguintes são os das
reviravoltas, em ‘Assalto’ vemos um assalto de fato, mas alô alô síndrome de Estocolmo,
será que é possível se apaixonar pelo assaltante? ‘O casaco do ano passado’ é
sobre como é ruim você projetar sua vida se baseando na vida alheia, qual é o
problema se você usa o casaco do ano passado? É melhor do que ter um milhão de
dívidas, ou será que não? E ‘Treze dias com John C’ é um dos contos mais
loucos, e se você achasse um celular perdido, e recebesse várias mensagens de
supostamente o amante da dona do celular, sua vida anda tão sem graça, que
você resolve se passar pela dona do celular, nada poderia dar errado e um pouco
de emoção na vida é sempre bem vinda, mas você nunca poderia imaginar quem era
realmente John C.
O penúltimo conto ‘A lista de Natal’
é o conto mais fofo, e tem todo o espírito natalino, a protagonista vive um
relacionamento abusivo sem nem se dar conta, quando pega um táxi que faz com
que ela repense todas as suas ações e decida enfim ser feliz do seu jeito, já
que a vida é curta demais pra ficar se preocupando com o tipo de bolo
específico para o Natal.
E por fim, o último conto ‘Lua de
Mel em Paris’, tem os fatos narrados anteriormente ao livro ‘A garota que você
deixou pra trás’ (que por sinal é o meu livro favorito da Jojo). Neste conto
conseguimos conhecer um pouco melhor os personagens e nele é o amor que está em
questão, porque quando se tem realmente um amor recíproco na mais importa.
Os meus contos favoritos foram o
primeiro e o último, ambos me transportaram para Paris, e tenho um fraco por
finais felizes, então eles foram os mais marcantes. Minhas duas sensações ao
ler todos esses contos foram: todos eles poderiam ser livros completos e todos
eles poderiam virar filmes. Jojo nunca decepciona e posso indicar qualquer um
de seus livros de olhos fechados.
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