sábado, 25 de novembro de 2017

Resenha: Depois daquela montanha / Charles Martin

E se num piscar de olhos sua vida dependesse apenas de um completo estranho? E se você estivesse perdido no alto de uma montanha com a apenas gelo a vista, à quilômetros de distância da civilização? Em ‘Depois daquela montanha’ mergulhamos com Charles Martin nesse impossível apostando toda a esperança no amor.

Dr. Ben Payne tinha acabado de participar de mais um congresso, somando a lista de inúmeros que já participara. Ele é um famoso cirurgião que fazia as mais complicadas cirurgias e já havia ganhado várias premiações de reconhecimento. Ashely Knox é uma jornalista que está com casamento marcado para o próximo dia, tudo que ela mais quer é chegar em casa o mais rápido possível para finalizar os preparativos para o seu grande dia.

Uma eminente tempestade fez com que os caminhos do Ben e Ashely se cruzassem quando ambos ficam empacados em um aeroporto. Os dois se esbarram quando descobrem que seu voo foi cancelado, pois não daria tempo de embarcarem todas as bagagens antes da chegada da tempestade.

Atualmente uma das coisas que mais odiamos é perder tempo, não é mesmo? Ficar por tempo indeterminado aguardando a passagem de uma tempestade é um verdadeiro pesadelo. Pensando nisso e em todas as cirurgias marcadas, Ben consegue fretar um pequeno avião e decide convidar Ashley, a ansiosa e simpática noiva com a qual trocara algumas palavras.

O que eles não esperavam era que o seu pesadelo estava apenas começando. Quando seu experiente piloto tem um ataque cardíaco, o desastre da queda do avião é o início de uma jornada em busca da sobrevivência.

Os fatos eram: o piloto estava morto, Ashely com uma perna quebrada e diversas escoriações e Ben com três costelas fora do lugar com dificuldade de respirar, isso somando a: estavam numa altitude de mais de 3.000 metros, seu voo não fora registrado, eles não haviam avisado a uma pessoa sequer que estavam naquele voo, era como se estivessem perdidos em Marte.

A força do Ben e sua experiência tanto no campo da medicina quanto sobre escaladas/trilhas que era o seu hobbie fez com que a sobrevivência dele e da Ashley fossem prolongadas, o bom humor dela nas piores situações renovava as esperanças dele, um passo de cada vez descendo a montanha.

Quando peguei esse livro pensei que seria apenas uma história de sobrevivência, um pouco mais do mesmo, naquela fórmula da criação de verdadeiros super-heróis para sair de uma situação como essa, mas me surpreendi, não é um livro sobre um desastre de avião, é um livro sobre o amor e o quão poderoso ele pode ser mesmo quando não estamos o buscando. Ben é o homem dos sonhos de qualquer mulher, a história é narrada por ele e a cada página me peguei me apaixonando cada vez mais por ele, ainda mais imaginando-o como Idris Elba, que o interpretou recentemente nos cinemas, não é mesmo? 

Ele tem com sua esposa, um acordo de gravar seus pensamentos num gravador e ela faz o mesmo, para que posteriormente troquem seus pensamentos mais profundos e dessa forma também podem sempre estar perto um do outro mesmo distantes com a vida corrida de cirurgião, descobrimos sobre toda a vida dele e ficamos intrigados com o segredo que ele guarda, que só irá se revelar nas últimas páginas. 

No tempo presente com tanto ódio sendo disseminado sem nenhum sentido, a mensagem do livro, colocando o amor como aquilo que nos dá força para enfrentar mais um dia, sendo seu desafio ser aturar um trabalho que você não gosta ou sobreviver no gelo. Seja qual for a montanha pela qual você tenha que passar, ou o desastre que você teve que enfrentar, lembre-se de sempre colocar o amor na frente e seguir, porque o amor sempre vale a pena e apenas ele pode nos afastar dos destroços seja de um acidente fatal ou um coração partido.



“Viver com o coração partido é viver semi-morto, e isto não quer dizer que o sujeito esteja meio vivo. Quer dizer que está meio morto. E... isso não é jeito de viver.”


Bastidores do filme:



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