E se num piscar de olhos sua vida
dependesse apenas de um completo estranho? E se você estivesse perdido no alto
de uma montanha com a apenas gelo a vista, à quilômetros de distância da
civilização? Em ‘Depois daquela montanha’ mergulhamos com Charles Martin nesse
impossível apostando toda a esperança no amor.
Dr. Ben Payne tinha acabado de
participar de mais um congresso, somando a lista de inúmeros que já
participara. Ele é um famoso cirurgião que fazia as mais complicadas cirurgias
e já havia ganhado várias premiações de reconhecimento. Ashely Knox é uma jornalista
que está com casamento marcado para o próximo dia, tudo que ela mais quer é
chegar em casa o mais rápido possível para finalizar os preparativos para o seu
grande dia.
Uma eminente tempestade fez com que
os caminhos do Ben e Ashely se cruzassem quando ambos ficam empacados em um
aeroporto. Os dois se esbarram quando descobrem que seu voo foi cancelado, pois
não daria tempo de embarcarem todas as bagagens antes da chegada da tempestade.
Atualmente uma das coisas que mais
odiamos é perder tempo, não é mesmo? Ficar por tempo indeterminado aguardando a
passagem de uma tempestade é um verdadeiro pesadelo. Pensando nisso e em todas
as cirurgias marcadas, Ben consegue fretar um pequeno avião e decide convidar
Ashley, a ansiosa e simpática noiva com a qual trocara algumas palavras.
O que eles não esperavam era que o
seu pesadelo estava apenas começando. Quando seu experiente piloto tem um
ataque cardíaco, o desastre da queda do avião é o início de uma jornada em
busca da sobrevivência.
Os fatos eram: o piloto estava
morto, Ashely com uma perna quebrada e diversas escoriações e Ben com três
costelas fora do lugar com dificuldade de respirar, isso somando a: estavam
numa altitude de mais de 3.000 metros, seu voo não fora registrado, eles não
haviam avisado a uma pessoa sequer que estavam naquele voo, era como se
estivessem perdidos em Marte.
A força do Ben e sua experiência
tanto no campo da medicina quanto sobre escaladas/trilhas que era o seu hobbie
fez com que a sobrevivência dele e da Ashley fossem prolongadas, o bom humor
dela nas piores situações renovava as esperanças dele, um passo de cada vez
descendo a montanha.
Quando peguei esse livro pensei que
seria apenas uma história de sobrevivência, um pouco mais do mesmo, naquela
fórmula da criação de verdadeiros super-heróis para sair de uma situação como
essa, mas me surpreendi, não é um livro sobre um desastre de avião, é um livro
sobre o amor e o quão poderoso ele pode ser mesmo quando não estamos o buscando.
Ben é o homem dos sonhos de qualquer mulher, a história é narrada por ele e a
cada página me peguei me apaixonando cada vez mais por ele, ainda mais
imaginando-o como Idris Elba, que o interpretou recentemente nos cinemas, não é
mesmo?
Ele tem com sua esposa, um acordo de gravar seus pensamentos num
gravador e ela faz o mesmo, para que posteriormente troquem seus pensamentos
mais profundos e dessa forma também podem sempre estar perto um do outro mesmo
distantes com a vida corrida de cirurgião, descobrimos sobre toda a vida dele e
ficamos intrigados com o segredo que ele guarda, que só irá se revelar nas
últimas páginas.
No tempo presente com tanto ódio sendo disseminado sem nenhum
sentido, a mensagem do livro, colocando o amor como aquilo que nos dá força para
enfrentar mais um dia, sendo seu desafio ser aturar um trabalho que você não
gosta ou sobreviver no gelo. Seja qual for a montanha pela qual você tenha que
passar, ou o desastre que você teve que enfrentar, lembre-se de sempre colocar
o amor na frente e seguir, porque o amor sempre vale a pena e apenas ele pode
nos afastar dos destroços seja de um acidente fatal ou um coração partido.
“Viver com o coração partido é
viver semi-morto, e isto não quer dizer que o sujeito esteja meio vivo. Quer
dizer que está meio morto. E... isso não é jeito de viver.”
Bastidores do filme:
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