sábado, 18 de novembro de 2017

Resenha: Origem / Dan Brown

Dan Brown tem o dom de escrever histórias que nos tiram de nossas zonas de conforto. ‘De onde viemos?’ e ‘Para onde vamos?’ são as perguntas que todo ser-humano já fez algum vez na vida e junto com Langdon mergulhamos nessa nova história envolvendo religão, tecnologia, reinado, arte e uma corrida contra o tempo em busca das respostas que mudarão o mundo.

Edmond Kirsch é um futurólogo bilionário que já fez várias previsões corretas sobre o futuro, tem um grande número de seguidores fieis a tudo o que ele diz e sendo ateu, tem a Igreja Católica como principal adversária. Além disso, é ex-aluno do nosso querido professor de simbologia Robert Langdon, com o qual nutre uma bela amizade ao longo dos anos.

Edmond fizera uma descoberta, na verdade duas, as duas respostas aos dois principais mistérios da vida, de onde viemos? E para onde vamos? Ele planeja divulgar sua descoberta para todo o mundo, mas antes disso, percebendo que suas descobertas iriam abalar as pessoas, ele consulta três representantes das principais religiões: o Bispo Valdespino, o rabino Yehuda Köves e o allamah Syed al-Fadl. Ao mostrar sua apresentação, Edmond os deixa perplexos e com medo do futuro.

Langdon tem uma grande admiração por Edmond, e quando ele o convida para uma apresentação na Espanha, sem dar pistas sobre o conteúdo, apenas mandando passagens, hospedagem e convite, Langdon não pensa duas vezes antes de viajar para o solo espanhol.

Edmond escolheu o icônico Museu Guggenheim para a sua apresentação, o qual tem como diretora Ambra Vidal, que esteve no foco da mídia por estar noiva do príncipe, ninguém menos que o próximo Rei da Espanha, fazendo com que ela seja por consequência a futura rainha consorte do país.

Antes de começar a apresentação, Edmond tem uma conversa com Langdon dizendo que recebeu uma mensagem extremamente ameaçadora do Bispo Valdespino, mas Langdon diz que não passava de um ato desesperado, Edmond não precisava se preocupar com o Bispo.

Mas de repente, a apresentação de Edmond sai do controle, colocando Langdon e Ambra juntos como as únicas pessoas que poderiam divulgar ao mundo a descoberta de Edmond.

Nesse meio tempo, conhecemos também o almirante Ávila, militar aposentado, que passou por uma situação extremamente traumática, entrou a Igreja Palmariana, famosa por seu catolicismo ortodoxo, lugar onde conseguiu superar seu trauma, ele fará qualquer coisa por aquilo que acredita, nem que seja tirar vidas em nome de um bem maior.

Quando os religiosos com os quais Edmond fez a reunião começam a desaparecer ou ficar sem contato, tudo aponta para o Bispo Valdespino, o que será que ele faria para proteger sua religião? Langdon e Ambra não podem confiar em ninguém, será que o futuro Rei e noivo de Ambra tem algum envolvimento com o esforço que está acontecendo de não transmitir a descoberta de Edmond? Os dois contam apenas com Winston, uma espécie de Jarvis do Tony Stark ou a Siri do Iphone muito avançada, que ajuda os dois a ir em busca da descoberta.

A cada novo capítulo nós pensamos em um novo culpado, quem seria capaz de colocar a vida da futura rainha em risco? E o quê o passado de Edmond esconde? E quando a própria guarda do Rei faz uma declaração de que Langdon sequestrou Ambra, tudo fica ainda mais enrolado e a gente não sabe mais em quem apostar como culpado.

Esse foi um dos melhores livros do Dan Brown que já li, senti uma necessidade absurda de saber as respostas, de saber qual era a descoberta de Edmond. Brown criou uma espécie de big brother, no qual cada passo dos personagens era divulgado online para o mundo, a própria apresentação de Edmond seria transmitida online ao vivo para toda a Terra. E posso dizer que a descoberta, apesar de ser uma obra de ficção, faz muito sentido. Quando terminei a última página, só conseguia pensar em como a história me envolveu, como uma espécie de submersão, mergulhando para além da principal trama da ‘Origem’, para lugares e obras de artes, que toda hora ia pesquisar. Esse é um dos principais diferenciais dos livros do Dan Brown, nós aprendemos muito, quando terminamos a leitura sempre somos pessoas diferentes.



Por fim, deixo a quote mais incrível do livro:


“Estamos num momento singular da história – Um tempo em que o mundo parece ter virado de cabeça para baixo, e nada é exatamente como imaginávamos. Mas a incerteza é sempre a precursora da mudança radical; a transformação é sempre precedida pela revolta e pelo medo. Peço  que tenham fé na capacidade humana para  a criatividade e o amor, porque essas duas forças, quando combinadas, têm o poder de iluminar as trevas” #chorei

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