sábado, 5 de maio de 2018

Resenha: Volta Para Casa - Harlan Coben


O livro mais emocionante de toda a Série. Para quem acompanha o Myron por todos esses anos durante todos os 10 livros anteriores, ‘Volta Para Casa’ tem um clima de despedida, de conclusão de um ciclo, se é o último livro da série, nós não sabemos, só sabemos que foi incrível virar cada uma dessas 299 páginas para mais uma vez ser enganado pelo Harlan e se apaixonar pelo Myron, Win, Esperanza, Big Cindy e pela amizade deles.

Antes de comentar a história do livro propriamente dita, preciso dar um alerta: leia os livros na ordem e leia a série do Mickey também, eu sei que são 13 livros (10 do Myron e 3 do Mickey), mas eu garanto que a experiência lendo ‘Volta Para Casa’ será muito mais incrível se você já conhecer todos esses personagens e entender o porquê de tudo o que eles fazem no livro 11. ‘Ah, mas eu quero ler só esse’, Tudo bem. A trama principal do livro, assim como em todos os livros da série se inicia e termina no livro, mas os fatos para além da história sobre a vida de cada um dos personagens que é o diferencial do livro, se você ler só esse, antes dos outros será um festival de spoliers. Dica dada, vamos voltar para casa!

O livro se inicia com uma bela surpresa, pela primeira vez em todos esses livros, a gente pode entrar na cabeça do Win, o melhor amigo do Myron e quem sempre o tira das piores enrascadas, para alguns, Win é só um ricaço, com todos os estereótipos possíveis, mas quem o conhece sabe que não se deve analisa-lo só pela aparência, o melhor é nunca entrar no caminho dele. Para quem se lembra de ‘Alta Tensão’, ao final do livro o Win desaparece devido aos acontecimentos, e nas primeiras páginas de ‘Volta Para Casa’ descobrimos que ele está em Londres, ele está no rastro de uma pista quanto a dois meninos sequestrados 10 anos atrás, um dos meninos, Rhys é o filho da prima de Win. Rhys e seu amigo Patrick, foram sequestrados aos 6 anos e desde então não havia nenhum indício de que estavam vivos.

Quando Win vê o adolescente que ele acredita que seja Patrick, ele não hesita em agir, mas como seus modos não são nem um pouco convencionais, as coisas saem do controle e não resta nenhuma opção a não ser pedir ajuda do seu velho e melhor amigo.

Myron está em paz, depois dos acontecimentos do último livro da série do Mickey ‘A Toda Prova’, um peso saiu das costas dele. Ele voltou a morar no apartamento de Win no coração de Nova York, vendeu a MB Representações para uma agência maior e o melhor de tudo, sua noiva, Terese finalmente voltou da África, os dois estão vivendo uma espécie de bolha de felicidade, até que o telefone toca e ploft, Myron tem que escolher entre continuar ali com Terese ou viajar para ajudar seu melhor amigo.

É fácil chutar o que Myron escolheu, né?! Para ele não é nem uma escolha, é simplesmente um fato, Win nunca pensou duas vezes antes de ajuda-lo e pela primeira vez, é Myron quem precisa ir ao encontro do amigo para ajuda-lo. Ele embarca para Londres e depois de um ano, vê novamente o seu melhor amigo, é óbvio que sendo do Myron que estamos falando, teve que rolar um abraço.

Win coloca Myron a par dos acontecimentos, diz que perdeu o tal Patrick de vista e que precisa que Myron vá até o mesmo lugar e descubra onde está o garoto. O tal lugar era simplesmente o ponto físico de prostituição de Londres, lá tinha opções para todos os gostos. Myron é levado até o quartel general do dono da rua, um homem estranho conhecido como Fat Gandhi, tudo indica que é ele quem está com os dois meninos presos como espécie de escravos sexuais.
Após Myron colocar sua vida em risco em uma sequência desesperadora, ele consegue resgatar o Patrick, mas é nesse momento que tudo fica ainda mais complicado. Será que ele é realmente o Patrick? Onde está o Rhys? Com Fat Gandhi também? Por onde os dois estiveram durante todos esses anos? Pelas ruas?

A busca por essas respostas será feita em duas frentes, na Europa com Win continuando a investigar Fat Gandhi com a ajuda de ninguém mesmo que Zorra e nos EUA, Myron com o auxílio de Mickey, Ema, Colherada, além de claro, Esperanza e Big Cindy, ah, sabe uma certa liga de lutadoras da qual as duas faziam parte? Vou dizer apenas: Pequena Pocahontas está de volta!

Mas tudo parece fazer sentindo novamente apenas quando enfim Myron e Win juntam suas forças para descobrir toda a verdade, já que ela é sempre a melhor opção em detrimento da mais bela mentira.

O Harlan nos surpreende como sempre, não consegui adivinhar o quê ou quem estava por trás disso tudo, como sempre criei várias teorias, envolvendo as coisas mais loucas, mas no final não era nada disso, se não for assim não vale né?! Haha O presente para os fãs da série, que acompanham todos os personagens durante esses vários anos é o epílogo, já o li umas três vezes, a primeira leitura foi muito embaçada porque não conseguia segurar as lágrimas. Bem, o Harlan já disse algumas vezes que o final da série seria quando o Myron estivesse feliz, leia e tire suas próprias conclusões, mas prepare o coração.


“Segundo diziam, o esporte devia ser um reflexo da vida, uma lição de vida, um teste de força e resistência, uma excelente preparação para o mundo real. Isso era o que diziam. Mas esse não havia sido o caso para Myron. Para Myron, tudo rolava com facilidade na quadra de basquete, Na vida real, nem tanto.”

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