E se a gente se tornasse imortal? E
se a morte não fosse o nosso ultimo suspiro e sim apenas uma nova página? Em o ‘Primeiro
Imortal’ descobrimos quais seriam as consequências de viver para sempre numa
jornada por diversos lugares e milhares de anos.
Primeiro livro de ficção do brasileiro
Rodrigo N. Alvarez que nos faz questionar a nossa própria existência através de
uma aventura mesclando o passado e presente, envolvendo história, arte, paleontologia
e antropologia.
Tudo começa com Yuri e seu primo,
na Rússia eles buscam alimentos e esbarram com uma descoberta da paleontologia
que mudam a vida deles para sempre.
Após um acidente, ambos encontram
corpos no permaforst, uma camada densa de gelo que consegue preservar corpos
intactos por milhares de anos. Acontece que enquanto Yuri queria ligar para os
estudiosos pesquisadores, seu primo queria arrecadar uma boa quantia de grana
com aquela descoberta.
E o grupo que tinha muito dinheiro
e interesse em corpos congelados era os imortalistas. Eles são uma espécie de
grupo religioso ou até mesmo uma de seita, que acredita que a morte não deve
ser definitiva. Eles têm um livro guia com instruções para seguir, que envolve
o congelamento instantâneo assim que o coração der a última batida, mas nunca
haviam encontrado um corpo perfeito para implementar tudo o que estava
orientado no guia, e muitos do próprio grupo não acreditavam de fato da
possibilidade de ressuscitar uma pessoa.
O corpo encontrado no permafrost é
resgatado e anos depois quando ninguém mais imaginava ser possível, ele acorda
consciente. E os imortalistas finalmente conseguem ressuscitar um homem das
cavernas.
As consequências disso foram
enormes, já que é claro que toda a operação de resgate do corpo foi ilegal e a
própria prática de ressuscitar alguém também é ilegal.
As questões éticas são muito
tangentes nesse livro, ressuscitamos um cara do passado, a quem ele pertence? E
ué, ele virou uma coisa? Não tem mais direito e escolhas? Afinal ele nem
escolheu voltar a viver... É impossível não se afeiçoar ao improvável imortal
que acorda num mundo diferente do qual viveu, mas que tem mais ética do que
homens do tempo presente.
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