E se, nosso planeta estivesse com as horas contadas? Vale tudo para tentar salva-lo e garantir que as próximas gerações tenham onde viver? Como alertar todo mundo de que o Homem colocou o próprio lar em risco com a exploração dos recursos naturais e poluição descontrolada? Para o homem verde a única forma é através de atentados, custe o que custar, estamos em estado de alerta e o mundo precisa saber.
O Homem Verde não é um cara comum, é muito inteligente com conhecimento em diversas áreas. No início do livro presenciamos o seu sexto ato: a explosão de uma represa. E como para toda ação se tem uma reação, o atentado à represa gera consequências: a morte de inocentes.
“Quando o Homem Verde ataca um alvo, não apenas o destrói, mas também estimula a resistência contra esse tipo de atividade”
O FBI está a caça, mas não sabe por qual caminho deve ir, estão bem perdidos, nunca haviam enfrentado um adversário tão inteligente, o homem verde simplesmente não comete erros, como que eles irão chegar na identidade dele pelos meios tradicionais?
É nesse ponto que entra o Tom Smith, um simples analista de dados, mas com uma formação excepcional, ele pensa diferente de todo mundo e depois do aval do seu chefe, ele começa a sua própria caçada. O que não vai ser simples para ele, já que ele é meio que simpatizante com o homem verde.
Durante toda a caçada tanto a do FBI quanto a individual do Tom, a gente mergulha em um monte de novidades tecnológicas, uma das mais interesses é uma pesquisa através da qual se identifica tendências de escrita, então é possível identificar uma pessoa a partir do padrão do que ela escreve, sinistro, né?
“Nunca comentei isso com ninguém, mas existe uma parte de nós que sempre admira esses caras. Vamos atrás deles e os odiamos, mas, até certo ponto, eles estão fazendo as coisas proibidas que queremos fazer, e conseguindo escapar das consequências. São mais espertos e estão se divertindo mais do que nós. E, se não tivéssemos um pouquinho do lado sombrio deles, não conseguiríamos entende-los nem pegá-los. Correto?”
Ao longo das páginas a gente conhece quem é o homem verde, e os seus conflitos, acima de tudo ele ama o planeta e carrega o peso das mortes colaterais dos seus atentados, ele quer parar, mas conversando com sua esposa, decidem que o seu próximo ato será o último.
Ellen é diretora do Cento Verde, uma instituição ambientalista. por ter verde no nome, muita gente acha que tem algo com o tal terrorista, ela afirma que não, que é contra violência, sua filha Julie, é uma excepcional estudante do ensino médio, que assim como a mãe tem paixão pelo ativismo ambiental, e os caminhos delas irão se entrelaçar com os do Homem verde.
"Estado de alerta", como o próprio título já diz, é um verdadeiro alerta. Nós vivemos na Terra sem pensar nas consequências tóxicas que a nossa existência ocasionou ao planeta, só fazer discursos e produzir textos acadêmicos ou matérias jornalísticas não serve muito no que tange uma mudança de fato, mas o que deve ser feito então? Terrorismo, tal qual o homem verde, mesmo com dezenas de inocentes morrendo como "efeito colateral"? David Klass coloca um clarão na questão ambiental e nos tira do lugar de conforto, é impossível não simpatizar nem um pouco com o homem verde, até porque a Terra é o único lar que nós temos.
“Mas existem causas maiores que nós mesmos. Há lutas que exigem abrirmos mão da nossa própria identidade e assumirmos a responsabilidade por algo maior. Estamos sendo atacados e precisamos nos defender. Nossa vida está sendo atacada. Nosso futuro na Terra está sendo atacado.”
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