Você tem algum segredo que esconde de todo mundo, ou que esconde de quem você ama? Será que se todo mundo descobrisse, tem olhariam da mesma forma? Você confia que as pessoas que estão ao seu redor estão te contando a verdade ou apenas mentindo para você? É ingenuidade acreditar nas pessoas? É com todos esses questionamentos que vamos embarcar com a Millie nessa continuação eletrizante para desvendar qual é o segredo da empregada.
Um temporal e uma morte, é esse o
pontapé inicial, já no prólogo sabemos que alguém vai morrer por ter subestimado
outra pessoa...
Millie está de volta. No final do
‘A empregada’, ela se disponibiliza para exercer um papel de ajudar mulheres necessitadas,
como uma espécie de justiceira. Mas tudo isso ficou no passado, sua vida está
diferente, cursando faculdade de Serviço Social, trabalhando numa casa de
família como faxineira e babá e namorando um cara legal, o Brock, que a ama, tudo
indo mais ou menos bem, né?
Até que tudo sai dos eixos, ela é
demitida do trabalho por fazer bem o seu trabalho, o namorado fica falando que
a ama o tempo todo e ela não consegue dizer as mesmas três palavras pra ele, mesmo achando o
cara incrível ela simplesmente não consegue. Agora a busca por empregos com o histórico dela não é fácil, ah e
falando em histórico, ela não contou ao Brock sobre o seu passado...
Quando surge uma oportunidade de
trabalho para uns ricaços numa cobertura num dos lugares mais chiques de Nova
York, ela não hesita em agarrar com as duas mãos e se joga no novo trabalho,
mas mesmo recebendo muito bem, tudo é muito esquisito: quem a contratou foi o
marido, Douglas, e sua esposa nem a recepcionou, ela vive trancada num quarto.
“Os homens são todos iguais: no
começo, eles se viram do avesso para lhe dar tudo que você quer, mas depois de
um tempo começam a parar de prestar atenção em você.”
Conhecendo a Millie, a gente já
sabe que ela não vai aguentar até descobrir o que está rolando naquela
cobertura luxuosa e quando ela descobre que irá precisar colocar em prática
suas habilidades, ela nem pensa duas vezes: se uma mulher estiver em perigo, ela vai
entrar em ação.
Mas Millie vem se sentindo
observada, sabe aquela sensação que tem alguém espionando? Ela vive sentindo,
super estranho e ela fica com muito medo. Ela vai ter que passar por uma
situação de assédio muito tensa e perceber como o seu ex-namorado, o Enzo, que
também já conhecemos do primeiro livro, faz falta.
“Chegou a tal ponto de desespero
que está pensando consigo mesma: Ou ele, ou eu. E esse é um lugar ruim para se
estar. É aí que você começa a cometer erros bestas.”
E assim como no primeiro livro,
chega numa parte em que tudo vira do avesso, descobrimos um outro ponto de
vista que chegou a me dar um nervoso gigante as atitudes do personagem em
questão, e é nesse momento também que é impossível largar o livro até entender
todos os detalhes. O melhor é que quando entendemos tudo, temos uma reviravolta
e na última página temos outra! A Freida arrasou demais!!
Um destaque são duas aulas da
Millie na faculdade em que temas muito interessantes são debatidos e fazem a
gente refletir, separei uma quote de um deles:
“Em 2007, um aclamado violinista
chamado Josh Bell, que um pouco antes tinha dado um concerto com lotação máxima
e preço médio dos ingressos chegando a 100 dólares cada, se passou por um músico
de rua. Ele foi para uma estação do metrô em Washington, de calça jeans boné de
beisebol, e lá tocou exatamente a mesma música que havia tocado no concerto,
num violino de fabricação artesanal avaliado em mais de 3,5 milhões de dólares.
- Quase ninguém parou para
escutar – explica o Dr. Kindred para o auditório lotado de alunos. – Na verdade,
quando as crianças às vezes paravam, os pais as puxavam para continuarem
andando. O homem deu um concerto com lotação esgotada em Boston, e naquele dia
apenas umas cinquenta pessoas pararam por tempo suficiente para deixar 1 dólar no
estojo do violino dele. Como vocês explicam isso?”
Confiança, segredos, avareza e vingança são os pilares do ‘O segredo da empregada’, mesmo sendo uma ficção, a gente sempre apende com as leituras e além do ‘não espiar por trás da porta’, dessa vez também é sobre não confiar tão cegamente nas narrativas que as pessoas te contam, já que as vezes a gente pode ver o que a gente quer ver e não o que está acontecendo de fato.
Confira a resenha do livro 1: A Empregada
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