domingo, 29 de maio de 2016

Resenha da semana: O despertar do Príncipe / Colleen Houck

Romance, drama e aventura se misturam a mitologia egípcia para criar o enredo desse livro e preciso avisar de antemão: prepare-se para se apaixonar por uma múmia.

Esse foi meu primeiro livro da Colleen e se arrependimento matasse eu já estaria morta, porque deveria ter lido antes da bienal do Rio do ano passado para conseguir um autógrafo e bater um papo com essa escritora incrível, muita gente já havia me indicado os livros dela, mas sempre procrastinei, então fica o alerta: Leia Colleen!!

A história do “Despertar do Príncipe” começa em Nova York com a Liliana Young, ela sempre foi a garota que seus pais queriam que ela fosse, nuca se importou em seguir tudo o que eles queriam, deixa-los até mesmo escolher seus amigos, já que apesar disso ela tinha liberdade para explorar Nova York. Liliana sempre foi muito observadora e amava retratar desconhecidos, mesmo tendo essa liberdade condicionada e o luxo proporcionado por seus pais, ela nunca se sentiu completa, parecia que algo estava faltando em sua vida.

E quando ela está em um dos seus lugares favoritos de NY, escolhendo para qual faculdade e qual curso iria fazer no próximo ano a sua vida se transforma numa montanha russa. Por um acaso do destino ela vai parar na seção egípcia do museu, que é o seu lugar favorito, chegando nessa seção ela se depara com uma sombra, que rapidamente ela descobre ser um homem que falava uma língua estranha, era careca e usava um saiote engraçado.

O que você faria se descobrisse que esse homem misterioso, que mais parecia ser um fugitivo de um manicômio era ninguém menos que Amon-Rá, uma múmia reencarnada que herdou poderes sobrenaturais do Deus Amon e além de tudo isso, com uma beleza de tirar o fôlego?

Bem, nossa Liliana depois desse primeiro momento de estranheza mergulhou numa aventura com Amon, onde além de ter que acreditar no impossível ela começou a descobrir quem era ela mesma de verdade e passou a ser a jovem Lily de Amon, não mais a séria e sem personalidade Liliana Young.

Para Amon se manter vivo ele precisou fazer uma ligação com Lily, já que no seu sarcófago, por algum motivo, não estavam presentes os seus vasos canótipos, nos quais suas fontes vitais permanecem ao longo dos anos, até que ele e seus irmãos retornem para uma cerimônia para livrar o mundo do Obscuro, esta cerimônia ocorre com o alinhamento dos planetas, ocorrendo de mais ou menos 1000 e 1000 anos.

Na jornada de Lily e Amon eles precisam viajar por lugares maravilhosos e alguns muito inusitados. As trevas estão cada vez mais fortes e farão o que for possível para evitar que Amon realize a cerimônia e enterrar por mil anos o mal no submundo. Ao longo de todo o livro, Lily questiona Amon sobre sua vida, já que com sua missão ele não tem muitas escolhas individuais e conforme eles vão se conhecendo descobrem que se completam e precisam cada vez mais um do outro.

O livro é uma imersão na mitologia egípcia, sério, tem histórias maravilhosas sobre a formação do Egito, os deuses e tudo mais, só por isso já valeria a pena a leitura. Mas temos um romance muito fofo entre Amon e Lily, o que você faria se um cara sugasse sua energia vital, mas que poderia dar sua própria vida para te salvar? Ah, e ele faz umas viagens na areia muito legais também e é louco por comida, que te alimentar até você dizer chega.

O que eu percebia durante toda a leitura é que a Colleen tem o dom de nos fazer viajar com a história, além de viajar para lugares deslumbrantes, parece que estamos vendo um filme, a leitura flui muito rápido e ficamos aflitos por saber o que vai acontecer no próximo capítulo e sim já estou ansiosa pela continuação, já que esse é o primeiro livro da trilogia. Ah, pra finalizar temos um monte de referências no livro a coisas da atualidade, que são momentos altamente divertidos, já que uma múmia não tem ideia que tem filmes sobre múmias ou até mesmo que existe algo chamado smartphone

"A eternidade é um tempo longo demais para não se ter algum coisa para lembrar"

Um pequeno trecho do livro, que já dá pra perceber que aprendemos muita coisa na leitura:

“ – Hakenew, Lily
- Isso quer dizer “obrigado”, não é?

- Quer dizer mais que um simples obrigado. Expressa um profundo sentimento de gratidão por outra pessoa. É um agradecimento pelo calor e pelo conforto duradouros que se sente na companhia de alguém especial. Não estou agradecendo a você, Lily. Estou agradecendo por você.”

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