Terminei de ler emocionada e com
um sorriso no rosto, mais uma vez Jojo Moyes consegue criar um romance
deslumbrante.
Acabou a Segunda Guerra Mundial e
você australiana está no seu país de origem, tudo estaria muito bem, a não ser
que você tenha se casado com um estrangeiro e determinada a ir atrás do amor,
você irá enfrentar uma viagem de seis semanas num navio nem um pouco preparado.
Abandonar tudo que você conhece em prol do desconhecido.
Eu li muito, muito rápido
precisava saber mais e mais dessas pessoas que conviveram comigo na última
semana, Jojo tem um dom de criar situações e personagens extremamente
verossímeis e ambientes que saltam das páginas facilmente para nossa imaginação
e rapidamente estamos muito envolvidos e parece que a gente está lá onde tudo
está acontecendo, a gente sente o que eles sentem, sorri, chora e dá conselhos
e quando o livro acaba não estamos preparados para dizer tchau.
Austrália, ano de 1946, final da
Segunda Guerra Mundial e início da jornada de quatro esposas a bordo do navio
Victoria: Avice, Jean, Maggie e Frances. Em comum entre elas apenas o objetivo
de chegar a Inglaterra o mais rápido possível para enfim poderem viver com seus
respectivos maridos. Entretanto nossa história tem início muitos anos depois
disso, uma jovem petulante e sua avó durante uma viagem à Índia, acabam
esbarrando com uma espécie de cemitério de navios, e ao dar de cara com um
porta-aviões chamado Victoria, uma certa avó fica transtornada, e já nas
primeiras páginas temos o primeiro mistério do livro, qual das quatro esposas
seria a avó e será que ela é realmente uma delas?
Se você leu bem o parágrafo
anterior pode perceber que, sim, mulheres estavam cruzando mares em um
porta-aviões. Com o fim da guerra e a enorme quantidade de esposas
australianas, estava-se buscando qualquer forma para leva-las, mas nem todas
aceitaram essa situação muito bem. Avice sempre foi muito mimada, seu pai
conseguira uma vaga para ela no navio em troca
de favores, o lema dela seria algo do tipo: ‘Você é, o que você tem’
então tinha suas maiores preocupações direcionadas a roupas e sapatos. Jean é a
mais jovem entre as quatro e tem uma espécie de gênio livre, fala o que pensa,
faz tudo o que acha certo, baseada apenas de sua moral nem um pouco dentro do
padrão. Maggie, uma menina da área rural, que sabe tudo sobre bois e cavalos,
cuidava de seu pai e irmãos, pois sua mãe morrera e estava grávida com uma
daquelas gestações um tanto quanto complicada, ela inchou muito e estava com
uma barriga enorme, tirando independência que ela tanto cultuou durante toda
sua vida. E finalmente, Frances, a mais discreta das quatro, que só fala o
extremamente necessário, é enfermeira, é muito competente em tudo que se prepõe
fazer e guarda um segredo que faz com que a gente entenda o porquê de seu
isolamento ao descobri-lo.
Essas quatro e extremamente
diferentes esposas vão ter que conviver juntas em um pequeno quatro montado num
super elevador do porta-aviões, sem janelas e com duas beliches. Ao longo do
livro, vamos conhecendo mais cada uma delas e descobrindo seus anseios em cada
situação inusitada em que elas se
envolvem durante a viagem. Somos apresentados também a personagens masculinos,
entre eles o comandante que assim como Frances tem um segredo e apesar de já estar,
assim como o próprio navio, na época de se aposentar, não vê um futuro para si
longe do mar e Nicol um fuzileiro que faz guarda na frente da porta do quatro
das nossas protagonistas, ele as ajuda a encobrir suas infrações e devido a seu
longo período no mar, percebe que sua própria família está em risco.
Jogo Moyes cria um cenário muito
verossímil, é impossível não imaginar as situações e se colocar na posição de
cada um dos personagens. O que podemos perceber durante a leitura é a
destruição que a guerra faz, além das mortes, as pessoas que ficam tem que se
reconstruir de alguma forma, e como viver normalmente depois de uma experiência
dessas? O que fazer quando a guerra acaba? As mulheres criadas pela Jojo
mostram um lado da resposta dessas perguntas, abandonar tudo o que você conhece
para ir para outro país, com apenas uma tênue ligação com um homem, que apesar
de ser seu marido, você não chegou a conhece-lo de fato. O principal medo é
receber uma carta com os dizeres: “Não venha, você não é bem-vinda” e ver seu
mundo se transformar drasticamente mais uma vez.
Prepare-se para mergulhar na
História e se encantar por sonhos de amor que podem ou não se concretizar, o
que você faria se o amor da sua vida estivesse a um oceano de distância?
Você sabia?
O Livro é inspirado, além de histórias reais de pesquisas da Jojo, mas na história de amor de seus avós, sua avó foi uma noiva australiana, incrível, né?
Você sabia?
O Livro é inspirado, além de histórias reais de pesquisas da Jojo, mas na história de amor de seus avós, sua avó foi uma noiva australiana, incrível, né?
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