segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Resenha: O homem de giz / C. J. Tudor


Um thriller que faz a gente questionar a sanidade de todos os personagens, até o final ficamos pensando nas atitudes de cada um deles para tentar entender onde esses homens de giz estão nos levando. E sim, assumo que só me interessei mais pelo livro, devidaoa menção a certo mestre das noites em claro, se cita ele já vale a pena a gente dar uma chance, não é mesmo? Haha

No prólogo já podemos vislumbrar qual será a história que teremos pela frente, um corpo de uma moça foi decapitado, a cabeça guardada em uma mochila cheia de giz, cabeça que nunca foi encontrada, quem será o homem de giz?
O livro é dividido entre 1986 e 2016, vamos acompanhando os acontecimentos na cidade quando os personagens são crianças e eles adultos, em duas narrativas distintas aos poucos vamos entendendo o porquê cada personagem mudou tanto ao longo dos anos.

“A morte acontecia com outras pessoas, não com crianças  como nós, não com pessoas que conhecíamos. A morte era abstrata e distante. Está a apenas a um frio e azedo ofegar. Seu maior truque é nos fazer pensar que ela não está ali. E a morte tem muitos truques sob a sua manga fria e escura.”

Eddie, ou Eddie Monstro para os melhores amigos, sempre teve uma imaginação muito fértil ele tinha o seu grupinho de amigos formado por: Gav Gordo, Mickey Metal, Hoppo e Nicky, Gav era o líder, e também quem tinha a melhor condição financeira, podia ter todos os brinquedos que almejava, Mickey Metal, tinha esse apelido devido ao aparelho dentário e fazia umas brincadeiras que Eddie se sentia mal e Nicky a única menina do grupo, pela qual Eddie tinha uma quedinha, aos doze anos Eddie acredita que tem os melhores amigos que alguém poderia ter.

Tudo começa a ficar estranho quando durante uma feira, um dos brinquedos do parque de diversões quebra fazendo com que uma menina ficasse presa no meio das ferragens e por obra do acaso Eddie é quem está por perto para oferecer socorro, mas não antes de hesitar em sair daquele lugar correndo, o misterioso Sr. Halloran novo professor da escola da cidade auxilia Eddie, e ambos salvam a vida da menina.

Em 2016, Ed, virou professor com os seus quarenta e poucos anos, mora na antiga casa dos pais, tem uma jovem inquilina e uma vida sem muita emoção, até que um dia ele recebe uma carta com desenhos em giz, o que faz com que ele pense que o homem de giz está de volta na cidade.

O mistério envolvendo desenhos de giz branco surge em 1986 quando a Eddie e seus amigos seguindo desenhos, encontram um corpo de uma moça, mas que estava sem a cabeça, quem a matou? Por quê? Quando novas mortes acontecem somadas a um ataque ao reverendo, todos os personagens se tornam suspeitos.

O quão conservador pode ser uma cidadezinha? E até onde o acaso pode se tornar o maior vilão? Quando terminei a leitura fiquei refletindo sobre tudo que aconteceu e acho que o que faz desse livro um thriller macabro é o fato de que ações de pessoas que convivem com a gente todo dia podem se tornar catastróficas, e se o seu principal algoz for você mesmo?



“Achamos que queremos resposta, mas o que de fato queremos são as respostas certas. É a natureza humana. Fazemos perguntas esperando que nos digam a verdade que queremos ouvir. O problema é que não podemos escolher nossas verdades. A verdade tem o hábito de simplesmente ser a verdade. A única escolha que temos é a de acreditar ou não nela.”

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