Um thriller que faz a gente
questionar a sanidade de todos os personagens, até o final ficamos pensando nas
atitudes de cada um deles para tentar entender onde esses homens de giz estão
nos levando. E sim, assumo que só me interessei mais pelo livro, devidaoa
menção a certo mestre das noites em claro, se cita ele já vale a pena a gente
dar uma chance, não é mesmo? Haha
No prólogo já podemos vislumbrar
qual será a história que teremos pela frente, um corpo de uma moça foi
decapitado, a cabeça guardada em uma mochila cheia de giz, cabeça que nunca foi
encontrada, quem será o homem de giz?
O livro é dividido entre 1986 e
2016, vamos acompanhando os acontecimentos na cidade quando os personagens são
crianças e eles adultos, em duas narrativas distintas aos poucos vamos entendendo
o porquê cada personagem mudou tanto ao longo dos anos.
“A morte acontecia com outras
pessoas, não com crianças como nós, não
com pessoas que conhecíamos. A morte era abstrata e distante. Está a apenas a
um frio e azedo ofegar. Seu maior truque é nos fazer pensar que ela não está
ali. E a morte tem muitos truques sob a sua manga fria e escura.”
Eddie, ou Eddie Monstro para os
melhores amigos, sempre teve uma imaginação muito fértil ele tinha o seu
grupinho de amigos formado por: Gav Gordo, Mickey Metal, Hoppo e Nicky, Gav era
o líder, e também quem tinha a melhor condição financeira, podia ter todos os
brinquedos que almejava, Mickey Metal, tinha esse apelido devido ao aparelho
dentário e fazia umas brincadeiras que Eddie se sentia mal e Nicky a única
menina do grupo, pela qual Eddie tinha uma quedinha, aos doze anos Eddie
acredita que tem os melhores amigos que alguém poderia ter.
Tudo começa a ficar estranho quando
durante uma feira, um dos brinquedos do parque de diversões quebra fazendo com
que uma menina ficasse presa no meio das ferragens e por obra do acaso Eddie é
quem está por perto para oferecer socorro, mas não antes de hesitar em sair
daquele lugar correndo, o misterioso Sr. Halloran novo professor da escola da
cidade auxilia Eddie, e ambos salvam a vida da menina.
Em 2016, Ed, virou professor com os
seus quarenta e poucos anos, mora na antiga casa dos pais, tem uma jovem
inquilina e uma vida sem muita emoção, até que um dia ele recebe uma carta com
desenhos em giz, o que faz com que ele pense que o homem de giz está de volta
na cidade.
O mistério envolvendo desenhos de
giz branco surge em 1986 quando a Eddie e seus amigos seguindo desenhos,
encontram um corpo de uma moça, mas que estava sem a cabeça, quem a matou? Por
quê? Quando novas mortes acontecem somadas a um ataque ao reverendo, todos os
personagens se tornam suspeitos.
O quão conservador pode ser uma
cidadezinha? E até onde o acaso pode se tornar o maior vilão? Quando terminei a
leitura fiquei refletindo sobre tudo que aconteceu e acho que o que faz desse
livro um thriller macabro é o fato de que ações de pessoas que convivem com a
gente todo dia podem se tornar catastróficas, e se o seu principal algoz for
você mesmo?
“Achamos que queremos resposta, mas
o que de fato queremos são as respostas certas. É a natureza humana. Fazemos
perguntas esperando que nos digam a verdade que queremos ouvir. O problema é
que não podemos escolher nossas verdades. A verdade tem o hábito de
simplesmente ser a verdade. A única escolha que temos é a de acreditar ou não
nela.”
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