segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Resenha: Um cavalheiro a bordo / Julia Quinn


Julia Quinn escreve histórias de amor capazes de nos encantar desde a primeira página, que nos fazem dar gargalhadas e deixam o coração quentinho no final, ah, quem não ama se apaixonar?

Poppy Bridgerton nunca foi uma mocinha convencional, muito curiosa e sempre com uma resposta pronta para qualquer pergunta, estava muito cansada de temporadas em Londres. Não que não tivesse tido propostas de casamento, era só que ninguém havia despertado seu interesse de verdade.

Ela decide passar um tempo com sua amiga Elizabeth em Charmouth, Dorset e isso não tem nada a ver com o fato de lá ter cavernas que ela poderia explorar...Depois de despistar a sua aia, ela consegue enfim chegar às misteriosas cavernas. O que ela não poderia imaginar era que aquele lugar era o esconderijo de contrabandistas.

E a pequena aventura de Poppy se torna uma verdadeira catástrofe quando ela é sequestrada e levada ao navio Infinity.

Andrew James Rokesby é um homem que sabe guardar segredos, esconde de sua família que trabalha secretamente para a Coroa britânica, esconde para a tripulação de seu navio que é um Rokesby e transporta segredos sem nem ao menos saber quais são.

Quando ele descobre que uma mocinha havia descoberto a localização da caverna que ele utilizava para guardar documentos secretos, ele não vê outra opção a não ser levar a tal mocinha a bordo até Portugal, para que a missão não seja um desastre. Acontece que ele não sabia que a tal mocinha era uma Bridgerton.

E o mais inusitado é a sintonia quase instantânea de Poppy e Andrew, os dois pensam muito rápido e vão implicando um com o outro o tempo todo. Nunca haviam encontrado um oponente a sua altura, e conforme os dias de Poppy confinada no quarto do capitão vão passando, ela começa a sentir que pode ser que esteja sentindo algo que ainda não entende pelo misterioso capitão, enquanto Andrew que apesar de todos os segredos sente que Poppy desvendou a sua alma, será que isso era amor?

“Às vezes o capitão lhe causava esse efeito. Confundia seus pensamentos, embaralhava suas palavras. Ela, que tanto se orgulhava de suas habilidades retóricas, de seu suprimento interminável de sarcasmo e astúcia, ficava sem fala. Sem nada inteligente para dizer, pelo menos, o que era muito pior.”

Você achou que um livro que se passa grande parte dentro de um navio vai ser entediante? Achou errado! Conforme vamos conhecendo os personagens, vamos nos encantando por eles a cada página torcendo para que dê tudo certo e eles fiquem juntos.

A vantagem dos romances de época e nos tirar da nossa realidade, nem sempre composta de finais felizes e nos fazer sonhar, ver estrelas a bordo de um navio ao lado de um improvável sequestrador que é também quem faz você se sentir quente só de pensar.


“- Agora me diga o que está sentindo – disse ele ao pé do ouvido dela.
- O vento.
- E o que mais?
Ela engoliu em seco. Umedeceu os lábios.
- O sal no ar.
- O que mais?
- O movimento, a velocidade.
A boca dele chegou ainda mais perto.
- E...?
Então ela disse a primeira coisa na qual havia pensado, aquilo que sentira de forma mais intensa desde o início.
- Você.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário