Um livro sobre o poder dos livros e
a força que as mulheres podem ter quando se unem contra uma sociedade
extremamente patriarcal.
Jojo Moyes já é conhecida pelos seus
livros com dramas que nos fazem refletir sobre nossas próprias vidas, em ‘Um
caminho para liberdade’ não poderia ser diferente, um livro que nos faz sorrir
e chorar e no final, ficamos com vontade de abraça-lo.
No prólogo descobrimos um acidente
que acreditamos no início ser apenas isto, um acidente, nada demais, mas no desenrolar
da história vemos como o tal acidente foi uma cilada para a vida da Margery O’Hare.
Margery não é uma mulher
convencional da sua época, ela vive muito a frente de seu tempo, ela administra
a biblioteca a cavalo. E sai junto com seu amado cavalo levando livros a
leitores não importando o quão difícil possa ser o caminho. Ela não acredita na
instituição do casamento, seu objetivo é ser livre sempre e o casamento segundo
o seu ponto de vista é uma amarra para seus sonhos.
Alice Van Cleve é uma jovem inglesa
que se casou com um cara por quem acreditava estar apaixonada, ela deixou a
família para trás na Inglaterra para morar nos EUA com seu amado. A verdade é
que sua família não se importava muito com ela, queria mesmo que ela se casasse
e deixasse de ser um fardo, por isso quando ela encontrou esse americano que
lhe dava amor como nunca antes e também tinha uma beleza de tirar o fôlego, ela
não pensou duas vezes em embarcar para um novo mundo. Acontece que, tudo pelo
que ela sonhava: viver um sonho com seu amado, foi por agua abaixo quando ela
conheceu o seu autoritário sogro, que controlava a casa, a vida do filho e a
vida de casados dele, já que iriam viver com o dito cujo. Ela se vê sem saída e
sem nenhuma expectativa quanto a um futuro feliz.
Izzy Brady é uma jovem que tem uma
deficiência física em uma das pernas, sua família é muito influente, mas ela
sempre foi a chacota da cidade, seu sonho é brilhar com sua voz divina, mas
quem daria o palco para alguém como ela soltar sua voz?
Quando a biblioteca a cavalo
necessita de mais ajudantes, a mãe de Izzy oferece a filha, enquanto Alice se
oferece, mesmo contra a vontade do marido e sogro e elas duas vão conhecer a
exótica Margery.
Juntas percebem que apesar de serem
muito diferentes possuem muita coisa em comum, as diferenças quando
compartilhadas servem de ensinamentos uma para outra.
Esse é um livro sobre sonhos e
sobre emancipação, Margery se fechou no seu mundo por medo de se entregar para
o amor, ou até mesmo para amizade e ser enganada ou traída, Alice descobriu que
não precisa de ordens de homens, que pode seguir o caminho que bem entender e
que também nem todos os homens são como aqueles que ela deu o azar de se
envolver e Izzy percebe que nada pode ficar entre o seu sonho quando ela decide
que irá realiza-lo.
E em meio de muitos livros,
cavalos, ameaças, trilhas perigosas, nós, leitores observamos que o amor, a
amizade, os sonhos, a própria vida nunca são fáceis, que para obter o que
desejamos precisamos encarar os desafios e as pessoas que se colocam no caminho
como obstáculos que a principio são intransponíveis, mas essas mulheres mostram
que tudo é possível se a gente tiver o livro certo ao nosso lado. E que a
liberdade é o melhor presente que uma mulher pode ter.
“Você sabe o que é realmente
maravilhoso nesses vagalumes? Eles vivem só algumas semanas. O que não é muito
no grande esquema da vida. Mas, no entanto estão por aqui, a beleza deles...
Nossa, é de tirar o fôlego. Você consegue ver o mundo de uma forma
completamente nova. Então, essa imagem linda fica registrada no seu coração.
Para levar para onde for. E nunca esquecer. Algumas coisa são um presente,
mesmo se não pudermos tê-las. Talvez apenas saber que algo tão lindo assim
existe seja tudo que realmente possamos pedir.”
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