terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Resenha: Desaparecido para sempre / Harlan Coben

Se eu tivesse que escolher apenas um livro do Harlan como o melhor de todos seria ‘Desaparecido para sempre’. Sabe aquela história de que não devemos confiar em ninguém, ou que devemos desconfiar até da própria sombra? Pois é. Nesse livro nada é o que parece ser, o leitor é enganado até a última página. Um final com uma montanha russa de emoções, muitas reviravoltas que fazem valer cada página, do jeito que se espera de um livro do mestre das noites em claro.

Você pode até tentar ler esse livro devagar, mas confie em mim que vai chegar um momento em que você não precisará mais de nada além de respostas.

Desaparecido para sempre foi lançado no Brasil pela primeira vez em 2002, pela editora ARX, posteriormente foi lançado pela Sextante, depois já com o selo da Arqueiro com uma nova capa e esse ano foi relançado com a nova identidade visual, um projeto da Editora Arqueiro para trazer mais leitores ao Harlan Coben.

O livro se inicia com Will Klein passando um drama, sua mãe está internada, seu irmão desaparecido faz 11 anos, ninguém sabe o que realmente aconteceu com ele, se está vivo ou morto, mas no leito de sua morte, a mãe de Will afirma que seu irmão, Ken, está vivo.

Isso tira Will dos eixos, como sua mãe tinha tanta certeza? Seria um delírio? Quando Will está vendo as coisas antigas de sua mãe descobre uma fotografia escondia que o faz ter mais perguntas sem respostas.

E por fim e não menos importante, Sheila, o amor de Will desaparece deixando a ele apenas um bilhete, dizendo que o amaria para sempre. Nesse momento nos unimos ao Will para perguntar, o que está acontecendo?

Para ter respostas precisamos voltar ao passado. Quando Ken desapareceu, ele foi acusado de assassinar Julie Miller, que era ninguém menos que o primeiro amor de Will, ele nunca acreditou que o irmão fosse o assassino, ele conhecia o irmão, que sempre o protegeu de tudo, devia haver outra explicação.

“Sempre fui um fracote. A vida inteira procurei evitar confrontos físicos. Alguns diziam que era por eu ser prudente e maduro. Mas não é verdade. A verdade é que sou um fracote. Tenho um medo mortal de violência. Talvez seja normal – um instinto de sobrevivência e tudo mais -, porém isso ainda me enche de vergonha.”

Junto com isso conhecemos o John Asselta, também conhecido como Fantasma, um matador de aluguel, letal em todas as suas missões. Ele voltou para o país por uma missão ao chefão do crime Philip McGuane, ocorre que, a missão era: encontrar Ken.

Tudo se complica mais ainda quando descobrimos que Asselta, McGuane e Ken estudaram juntos na escola e Ken trabalhou para McGuane durante um tempo, além disso o FBI está na cola porque também querem encontrar o Ken.

E tanto o fantasma quanto o FBI vão atrás da única pessoa que Ken poderia pedir ajudar: Will. Ele então se alia ao seu melhor amigo e guru de yoga, Squires, com quem tem um abrigo para menores chamado Covenant House e começa a busca por respostas, mas nem todas serão agradáveis de ouvir.

“No fim, a mais desagradável das verdades é preferível à mais bela mentira. Meu mundo agora era mais escuro, mas havia voltado aos eixos.”


A novidade é que a Netflix já confirmou a adaptação!

Será uma série de cinco episódios, estrelada por Finnegan Oldfield, Nicolas Duvauchelle, Guillaume Gouix e Garance Marillier. A direção é de Juan Carlos Medina, e Harlan Coben é produtor executivo. 

Sinopse: Em seus 30 e poucos anos, Guillaume Lucchesi (Finnegan Oldfield) acreditava que tinha conseguido superar uma tragédia na qual perdeu duas das pessoas que mais amava: seu irmão, Fred (Nicolas Duvauchelle), e seu primeiro amor, Sonia (Garance Marillier). Dez anos depois, Judith (Nailia Harzoune), o novo amor de Guillaume, desaparece durante o funeral da mãe do rapaz. Para encontrá-la, Guillaume terá de encarar verdades ocultadas por sua família, amigos e outras pessoas do passado.

Na série haverá mudança nos nomes dos personagens: Will Klein será Guillaume; Ken será Fred; Julie Miller será Sonia e Sheila será Judith.

Finnegan Oldfield, Nicolas Duvauchelle, Garance Marillier e Nailia Harzoune

Um comentário:

  1. É muito difícil escolher um único livro dele, mas desaparecido para sempre tá no topo da minha lista. Ótima resenha!

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