quarta-feira, 12 de maio de 2021

Livro vs Série: O Inocente


Chegou o momento do duelo, aqui vamos comparar o livro com a série, então indicamos a leitura para quem já leu o livro e também já assistiu a série. O objetivo aqui não é compartilhar spoilers, mas ao comparar as mudanças é inevitável comentar os acontecimentos, mas de qualquer forma não iremos dizer o que acontece, vamos apenas citar as semelhanças e mudanças.


Mudanças nos nomes (listamos apenas os nomes que mudam)

Livro // Série

Matt Hunter // Mateo Vidal

Loren // Lorena

Stephan // Dani

Bernie // Isma (irmão do Mat)

Cingle // Zoe

Ibai Saéz // Charles Talley

Clark // Jaime Vera

Max Darrow // Rodrigo Gallardo

Clyde Rangor // Aníbal Ledesma

Adam Yates // Teo Aguiar


Referências diretas 

Separamos algumas cenas que são iguais no livro e na série.

O Museu: Mat e Sonia

“Matt era sócio do Museu Newark. Mostro sua carteirinha apesar de não haver necessidade – os seguranças já o conheciam. Ele os cumprimentou com um aceno e entrou. Havia bem poucas pessoas ali àquela hora. Matt dirigiu-se à galera na ala oeste. Passou diante da peça mais nova do museu, uma tela colorida de Wosene Worke Kosrof, e subiu a escada para o segundo andar. Ela era a única pessoa ali (...). Se nome era Sonya McGrath. Era mãe de Stephen McGrath, o rapaz que Matt havia matado.” (página 80)



A perseguição 

Ford Taurus no livro virou um Fiat tipo na série


“Por que diabo alguém o estaria seguindo? Matt segurava firme o volante enquanto as possibilidades lhe passavam pela mente. Ele avaliou todas elas e nenhuma fazia sentido” (página 57)




O legista e freira siliconada

“- Você pegou o caso da freira siliconada?

- É assim que você está chamando?

- Até aparecer algo mais engraçado. Eu tinha gostado de ‘Nossa Senhora do Vale’ ou ‘Santas Montanhas Reerguidas’, mas ninguém concordou.” (página 53)



As mensagens estranhas no celular do Matt

“O celular vibrou outra vez. Matt pressionou o botão para falar, mas apareceu uma mensagem no visor informando que uma fotografia estava chegando (...). Um homem apareceu na tela. Era difícil distinguir os detalhes. Ele aparentava ter 30 e poucos anos – a idade de Matt – e seus cabelos eram muito pretos, quase azuis.” (página 28)


As pulseiras das adolescentes

"A freira respirou fundo antes de responder:

- O jogo da pulseira.

Loren deu de ombros.

A irmã Katherine fechou os olhos.

- É um... modismo recente.

- As pulseiras diferentes... não sei nem como dizer isso... as cores diferentes representam certos atos de natureza sexual. O preto, por exemplo, é para... bem, uma certa coisa. E o vermelho...” (página 89)


A geladeira


“A geladeira. Ela não era casada, não tinha filhos, não crescera em um daqueles lares felizes, mas, se havia algo mais revelador da história de uma família que a porta da geladeira, Loren não sabia o que era. Seus amigos tinham a geladeira repleta de recordações. Ela não, e pensou em como isso era triste (...). Se você quisesse encontrar itens de caráter pessoal, era só olhar para a porta da geladeira. Na da família Hunter, Loren viu desenhos e recordações das crianças pregados, todos adornados com estrelinhas adesivas.” (página 101)


O truque do celular

Aquela referência muito articulada.

“- Tenho um amigo que trabalha com finanças e é um figurão da Park Avenue. Ele me ensinou um truque: você liga para mim do seu celular e deixa a ligação em curso. Depois, eu aciono a função mute no meu. Assim nós teremos um intercomunicador unilateral. Posso ouvir tudo o que você disser ou fizer. Se houver algum problema, é só gritar.” (página 151)



Cingle vs Loren/ Zoe vs Lorena

“ – Cingle Shaker – retrucou ela.

- É, eu sei. Tenho algumas perguntas para você.

- E eu escolho não responde-las agora.

Loren ficou surpresa.

- Por quê?

- Estou conduzindo uma investigação particular. 

- E quem é seu cliente?

- Não preciso lhe dizer.

- Confidencialidade entre detetive particular e cliente é algo que não existe.

- Eu conheço a lei – retrucou Cingle.

- Então...?

- Então eu escolho não responder a nenhuma pergunta neste momento.” (página 179-180)



Mudanças no roteiro

Listamos aqui, algumas das maiores mudanças (na nossa opinião):

Kyra, a babá

No livro ela tem um papel muito relevante, já na série ela é apenas coadjuvante, o que se torna uma surpresa para quem já leu e vai assistir a série.

Sobrinhos do Matt

No livro, são dois meninos e eles aparecem mais. Tem algumas cenas divertidas do Matt como tiozão, na série eles assistem ‘Klaus’ juntos, é o momento mais marcante deles.

O encontro de Matt e Olivia

No livro ocorre quando Matt está na Semana do Saco cheio no primeiro ano da faculdade, enquanto na série é após o enterro dos pais do Matt, mas tirando essa parte. O encontro é igual.


“Em geral você é tímido, não sabe muito vem como abordar uma garota, mas nessa noite não faz nada errado. Vai até ela e se apresenta.” (página 54)


A morte da freira

Esse é um dos pontos que mais mudou, tanto a morte em si, quanto a vida da freira. 

As fitas

Na série são várias fitas, enquanto no livro a busca é apenas por uma fita. Mas as velhas fitas cassetes são protagonistas em ambos. 

Hugo Navarro na série, Lance no livro

No livro temos o Lance, que é um policial que vive no pé do Matt e faz de tudo para que Matt não se mude para a vizinhança. Na série temos um Hugo que desde o primeiro episódio tenta prejudicar o Matt, lembrando muito o Lance.

O Matt

No livro ele é mais safo, consegue se livrar de enrascadas mais fácil, na minha opinião não é um problema da série, foi apenas uma mudança.

O final

É parecido, não exatamente igual. Até porque quando muda alguma coisa, não tem jeito, a linha narrativa tem que se adaptar. Há uma mudança quanto o responsável por alguns assassinatos e na série tem uma fatídica cena final na prisão que gerou controvérsia, eu não achei ruim. 


Resultado do duelo: Melhor adaptação da Netflix, até o momento. A série honrou o nome do Harlan e o livro, é tão eletrizante quanto ler, além disso ambos livro e série nos entregam duas experiências muito boas. É difícil não ler mais um capítulo, bem como, é difícil não dar play no próximo episódio.  Um duelo onde quem ganha são os #harlanlovers!

Mood final da série ou final do livro: não chão!

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