sexta-feira, 31 de maio de 2024

Resenha: A filha cubana / Soraya Lane

    ‘A Filha Cubana’ é o segundo livro da série ‘Filhas perdidas’ e nele como o título já anuncia, iremos viajar para Cuba e que viagem gostosa. Soraya Lane faz a gente ter vontade de arrumar as malas imediatamente e correr para explorar o mundo, bem, se não dá para fugir da realidade no mundo real, podemos viajar pelas páginas.

O livro, assim como o primeiro da série, é dividido em dois tempos. O tempo presente, que é ambientado em Londres e os anos 1950 em Cuba. A premissa da série ‘As filhas perdidas’ envolve um mistério: caixinhas com pertences de jovens grávidas que eram amparadas e acolhidas na ‘Hope’s House’ foram descobertas. E elas revelam que crianças foram adotadas no passado e agora as descendentes irão atrás de respostas.

Em Londres nos dias atuais e com uma caixinha misteriosa conhecemos a Claudia. Ela descobre que sua avó, que já faleceu, foi adotada. Sua avó nunca chegou a saber disso. Na caixinha há apenas duas pistas: um brasão e um cartão de visitas, com a ajuda de seu pai, Claudia descobre que o brasão é de uma das famílias mais imponentes de Cuba, os Diaz. 

“Os segredos sempre têm os próprios meios de serem revelados, o passado não consegue ficar escondido por muito tempo.”

Nos anos 1950, em Cuba, somos apresentados à Esmeralda Diaz. Seu pai é um dos mais ricos do país e possui um império com a exploração do açúcar. A família é ao mesmo tempo invejada e reverenciada por todos. Esmeralda é a filha mais velha e favorita, o pai sempre é muito amoroso com ela, e ela segue todas as orientações dele. 

Em Londres, Claudia decide que apenas viajando até Cuba ela conseguirá obter respostas. A vida dela tinha acabado de ter uma grande reviravolta que fez com que ela largasse o emprego dos sonhos, terminasse com o noivo perfeito e decidisse trabalhar com reformas imobiliárias, então não tinha nada que a prendesse no território inglês. 

Enquanto isso, no passado, descobrimos que Esmeralda irá embarcar para Londres, a convite do pai, ela irá acompanha-lo para fechar um acordo grandioso envolvendo o açúcar. 

O que nenhuma das duas poderia imaginar é que o amor iria encontrá-las pelo caminho.

“No instante em que o vi, assim que meus olhos encontraram os dele, eu soube que estaria em apuros.”

Claudia chega em Cuba com a missão de descobrir mais sobre a família Diaz e qual é o envolvimento deles com sua avó. Por um acaso do destino, ela esbarra num morador local e muda sua estadia, ela acredita que se hospedando em uma residência familiar terá mais chances de encontrar respostas e estava certa, mas Cuba teria mais que respostas. E o amor chega na vida dela através do Mateo, um charmoso cubano, chef de cozinha, que faz Claudia sentir o que não havia sentido por muitos anos: viva e amada. Mas é só um romance de férias, certo?

Em Londres, Esmeralda finalmente entende porque as meninas amavam dançar com rapazes específicos, pela primeira vez em sua vida seu coração bate em um compasse diferente, ao conhecer Christopher, simplesmente o inglês que iria intermediar o acordo comercial. Esmeralda, uma moça de família, nunca poderia ter envolvimento algum com ele, certo?

Uma história de amor e uma paixão avassaladora, Claudia e Esmeralda vão descobrir em períodos diferentes do tempo, que as consequências de seguir ou não o coração, podem ser devastadoras... 

A leitura me fez pensar em três perguntas: Qual é o seu emprego dos sonhos?  Vale a pena atender as expectativas da sua família, mesmo em detrimento daquilo que você quer? Se entregar ou não ao amor? É muito difícil respondê-las e as histórias das personagens nos fazem refletir que não há respostas certas. 

Largar um emprego pelo qual você lutou, ou um emprego que te dê muito status, mas que não é nenhum pouco saudável por um emprego que você irá conseguir ter uma vida além do trabalho? E se sua família colocasse muita expectativa em você, você é o modelo a ser seguido, mas é essa a vida que você quer? Nunca tomar uma decisão por conta própria, sempre depender dos outros? E o amor, será que é melhor se arriscar e viver ou ficar apenas nos sonhos? Ou mesmo, é possível confiar nas pessoas que você ama? Será que o amor será suficiente? 

Além da deliciosa viagem pelos cenários deslumbrantes e paradisíacos, além do mistério envolvendo a caixinha e as conexões, o livro também me fez refletir bastante sobre escolhas.

O coração é uma coisa surpreendente. De uma forma ou de outra, ele sempre se cura” 


Confira a resenha do primeiro livro da série: 

A filha italiana

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