quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Resenha: I Will Find You / Harlan Coben

     Amor. É o que move todos os personagens desse livro. Um dos sentimentos mais buscados por todos nós, todo mundo quer amar e ser amado. Mas o amor tem um custo? Você faria qualquer coisa por amor? Ou para salvar quem você ama? Todas as ações dos personagens foram por amor e cada uma delas é uma parte de um grande quebra cabeça que vamos desvendando durante a leitura. Todos os personagens têm um papel importante, por menor que seja, tudo colaborou para que nosso protagonista fosse preso. 

Nós do PHCBR tivemos o privilégio de receber cópias antecipadas do próximo lançamento do Harlan. ‘I will find you’ chega nas livrarias gringas no próximo dia 14 de março, está em pré-venda por lá, confira aqui. Infelizmente não temos prazo para quando o livro chegará ao Brasil, mas vamos falar um pouco dele aqui para matar a curiosidade de vocês, sem spoilers! Já havia sido divulgado antes o primeiro capítulo do livro, nós traduzimos aqui no blog

O que sabemos de antemão sobre o livro é: Um pai, David Burroughs está preso por assassinar o seu próprio filho, mas o fato é, ele não cometeu esse crime. Esse é o pontapé inicial, que já está na contracapa e nas primeiras páginas do livro.

“A memória é muitas vezes o nosso contador de histórias mais criativo.”

David amava muito o seu filho. Para ele sua vida não fazia mais sentido se não tivesse o seu Matthew nela. Resignado, ele nem protestou quando foi acusado de assassinar brutalmente o seu próprio filho. Haviam provas contra ele, foi proferida a sentença e em nenhum momento ele tentou lutar contra isso. 

Ele foi aconselhado a alegar insanidade, mas não quis. Para ele não havia motivo para lutar. E no fundo, por mais que ele soubesse que não tinha cometido aquele crime, ele ficava se questionando, será que ele teve um blackout? Será que ele foi capaz de fazer aquilo com seu próprio filho? Não foram muitas pessoas que ficaram do seu lado, todo mundo acreditava que ele tivesse tido um surto ou algo do tipo, já que ele já teve episódios de sonambulismo antes. Então ele já estava lá adaptado a sua rotina no presídio.

Tudo muda quando ele recebe uma visita. Rachel aparece e mostra uma foto que muda a vida do David. Lá no cantinho da imagem estava o Matthew. Era ele, David teve certeza no momento em que viu a foto. Mas como isso é possível? Ele enterrou o próprio filho. Será que ele estava vendo o que queria ver e não a realidade? 

“Mentiras assim, ficam na sala. Elas nunca vão embora. Elas lentamente te apodrecem por dentro.”

A partir desse momento, David decide que vai fazer qualquer coisa para descobrir o paradeiro do seu filho, e para isso, imaginem, ele vai precisar fugir de uma prisão federal. Não vou dizer a forma que isso vai acontecer, mas é, temos uma fuga, até porque não daria para ele ir atrás de respostas estando preso. Todos os planos vão dando errado e a gente fica muito aflito lendo, será que vai dar certo? E o principal, será que de fato o Matthew está vivo? A gente quer muito, mas é difícil não achar que as vezes o David está delirando, porque é muita viagem! Mas quando tudo se resolve e a gente entende o que aconteceu, é muito chocante. 

“E a ideia me vem. Não é uma ideia perfeita de forma alguma, mas meu pai, um policial de ronda, que se preocupava com minha necessidade obsessiva de perfeição, costumava citar Voltaire para mim: 'Não deixe o perfeito ser inimigo do bom'. Nem tenho certeza se essa ideia se qualificaria como boa, mas é tudo o que tenho.”

Vou apresentar alguns dos principais personagens para vocês:

Cheryl: é ex-esposa do David. Ela é cirurgiã. Ela e David se conheceram muito jovens, ela acredita que David cometeu o crime, mas ela tem um grande segredo, que pode mudar tudo.

Rachel: é uma jornalista investigativa, irmã da Cheryl, mas foi ‘cancelada’ por um motivo muito pesado. Estava bem difícil de conseguir empregos depois do tal acontecido. A questão é: será que ela está usando o David para conseguir uma volta por cima? Ela tem um segredo que envolve o David e um episódio muito traumático no seu passado.

Agentes do FBI: Max e Sarah, são muito competentes. Uma dupla infalível super em sintonia e nosso sentimento com eles é uma montanha-russa, do ódio ao amor. 

Gertude Payne aka Pixie: é a matriarca da família Payne, são muito ricos, ela tem uma conexão com um personagem muito conhecido pelos #harlanlovers. 

Hayden: é o neto da Pixie e conhece a Rachel da época da faculdade. Ele sempre está disposto a ajudar.

Warden Philip: é o guardião do presídio onde David está e tem uma conexão com ele.

Adam Mackenzie: é o melhor amigo do David, um dos poucos que acredita que ele não cometeu o crime.

Nicky Fischer: um mafioso que busca uma espécie de vingança. 

Hilde: uma testemunha ocular fundamental.

Ross Summer: está no mesmo presídio do David, é super rico e serial killer.

Ted Weston aka Curly: é um carcereiro que vai acabar muito enrolado. E terá que fazer escolhas de vida ou morte.

O livro é dividido em 3 grandes partes. A narrativa é alternada entre primeira pessoa, nos capítulos do David e terceira pessoa quando são capítulos centralizados em outros personagens. São 325 páginas na versão dos EUA. Temos a participação especial da querida Hester Crimstein. Há algumas referências muito legais a cultura pop. É um livro muito cinematográfico. A gente consegue facilmente ‘ver’ todas as cenas descritas e ficar na torcida pelos personagens, prepare-se para ficar com ranço do FBI! 

Teve um momento do livro que eu fiquei gelada, as ações de um personagem são inacreditáveis e totalmente cruéis, e esse personagem ainda acredita que está fazendo o “certo”. O final é muito emocionante, duas partes específicas deixaram meu coração na mão, e não digo se foi para um ‘final feliz’ ou não, porque isso só lendo pra descobrir desculpaê! Haha 

O Harlan nunca erra né, chega um ponto do livro que é impossível largar, de verdade, a gente precisa saber, nada mais importa. Além disso, conforme falei lá no início, sobre o amor, os livros do Harlan sempre deixam a gente meio reflexivo, pensando o que faria naquela mesma situação, são muitas as questões morais e sabe aquele ditado de que a diferença entre o veneno e o antídoto é a dose, pois é. Todos os personagens puxam a corda pra lá e pra cá e alguns acabam de fato se envenenando na sua própria busca pelo amor.

“Nós, é claro, nunca apreciamos o que temos. Isso é o que dizem. Mas realmente não é isso. É apenas condicionamento. Tomamos como certo o que nos acostumamos. Natureza humana.”

Um agradecimento especial ao Harlan é claro e a Grand Central Pub, por ter nos enviado cópias para leitura antecipada e ainda com o card autografado. É o poder dos #harlanlovers brasileiros, né não? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário