domingo, 27 de outubro de 2024

Resenha: A empregada está de olho / Freida McFadden

Será que a gente pode confiar nos nossos vizinhos? Ou em que trabalha nas nossas casas? Quais serão os segredos que essas pessoas escondem? Será que se você soubesse quais são, ainda gostaria de ficar perto deles? “A empregada está de olho” mostra que por mais obscuro que o seu segredo possa ser, o do seu vizinho pode ser pior e mais que isso, ameaçador. 

No prólogo já descobrimos: alguém foi assassinado. O assassino está com as mãos sujas de sangue, alguém está tocando a campainha, o assassino tem que decidir o que fazer, fugir? Se esconder? Matar quem estiver chegando? E nós leitores ficamos apenas com perguntas: quem morreu e quem é o assassino? 

“A empregada está de olho” é o livro 3 da série A Empregada. Nesse livro nossa protagonista Millie está vivendo o seu sonho: uma vida tranquila. Ao lado do seu marido, Enzo, seus dois filhos, Ada e Nico. Millie conseguiu se formar em Serviço Social e agora está trabalhando, a empresa de jardinagem do Enzo está crescendo, aos poucos, mas já é alguma coisa. Eles decidem dar um passo, sair do apartamentinho onde viviam para uma casa maior.

Depois de muitas buscas, eles finalmente conseguem uma casa que cabe no orçamento deles, as contas vão ficar apertadas? Sim. Mas é por um bom motivo, certo? Millie fica eufórica durante toda a mudança e falta só beijar a casa, ela não poderia imaginar que um dia ela teria uma casa daquelas, em uma vizinhança segura para criar seus filhos..., mas ela estava totalmente enganada.

“E agora, passada mais de uma década, estou levando o tipo de vida familiar que jamais sonhei ter. Nem com Enzo, nem com ninguém. Muitas pessoas achariam essa vida chata, mas eu adoro. Tudo que sempre quis foi uma existência comum, tranquila. Só levei mais tempo do que a maioria das pessoas para entender isso.”

Assim que Millie passa a primeira noite na nova casa, ela se sente observada. As grandes janelas sem cortinas, parece que tem alguém observando da casa dos vizinhos. Depois ela passa a escutar rangidos muito estranhos de madrugada, assim que ela segue o som, o barulho para, ela começa rapidamente a se questionar se se mudar para essa casa realmente foi uma boa escolha.

Além disso, suas vizinhas são muito desagradáveis, por um lado a bem sucedida Suzette que fica o tempo todo se jogando em cima do Enzo, aproveita qualquer chance de tocar o marido da Millie, além de fazer comentários péssimos, como sobre o peso da Millie, por outro lado e não menos insuportável, temos a Janice, que julga a Millie por trabalhar e fica insinuando que Millie é uma mãe ruim. Que vizinhança é essa?

Como se não bastasse isso tudo, o Enzo começa a agir de forma muito esquisita, fazendo coisas sem contar para Millie, saindo escondido de madrugada, pegando dinheiro da conta conjunta sem contar à ela, ela confia nele, né? Mas será mesmo? Ele nunca compartilhou tudo sobre o seu passado. Nico, o filho mais novo, deixa de ser o menininho fofo e passa a agir de forma agressiva, sendo até mesmo suspenso da escola, Millie fica se questionando se o filho herdou os seus genes de propensão a violência e se sente muito culpada, o que ela poderia fazer?

“Eu choro demais. Todo mundo diz isso sobre mim. Mas não posso fazer nada! Quando estou triste, eu choro. O que não entendo é por que as pessoas não choram com mais frequência.”

Bem, e ainda temos ela. A empregada, Martha, que trabalha para a Suzette, e olha para Millie de uma forma muito arrepiante, em um impulso Enzo a contrata para trabalhar para eles e Millie tem certeza que essa empregada não é flor que se cheire.

Assim como nos dois livros anteriores, temos uma grande reviravolta, na qual as narrativas são alteradas e vemos tudo do ponto de vista de outro personagem e percebemos que estávamos sendo enganados pela própria narrativa da história.

E temos ele de volta ‘o quartinho’, de uma forma quase tão assustadora quanto no primeiro livro. Além do retorno dele, dois personagens queridos também estão de volta, foi legal ver a participação deles. 

Até chegarmos lá na cena do prólogo é uma jornada bem árdua para nossa querida Millie. E mais uma vez quando a gente acha que tudo foi revelado, temos mais uma reviravolta que é a cereja no topo do bolo para finalizar a série.


Confira as resenhas dos outros livros da série:

A empregada

O segredo da empregada

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