Sophie Kinsella é a rainha das comédias românticas, pegar um de seus livros é ter a certeza de que você vai se identificar em algum aspecto com a personagem principal, vai rir demais com situações muito inusitadas e também vai ficar com o coração quentinho com o romance, ‘O Burnout’ tem tudo isso e se tornou um dos meus favoritos da Sophie.
Ela trabalha em uma empresa que, em tese, era o seu sonho, mas a realidade é que é um pesadelo. Não tem funcionários suficiente, ela trabalha muito além do que deveria, sua caixa de e-mails é um caos e parece que ninguém se comunica corretamente, seu chefe direto não se importa com as demandas e quando ela comunica algum problema pedem que ela escreva no mural online ou participe de algum problema de bem-estar, que só vai fazer com que ela perca tempo, já que tem milhares de demandas com prazos e se ela não fizer ninguém vai e só de escrever tudo isso já fiquei ansiosa por ela.
“- Não sei. Sou bem avessa a riscos. Se tem uma coisa que não quero mesmo é fracassar.
- Então você acha melhor viver pela metade do que correr o risco de fracassar?”
A cereja no topo do bolo para que Sasha exploda foi descobrir por e-mail que uma pessoa pediu demissão, e assim ela teria ainda mais demanda. Sasha tem uma crise que envolve fugir para um convento, acredite se quiser e ainda bater de cara com uma parede, numa sequência que faz a gente rir, mesmo sendo super tenso.
A Sophie conseguiu explorar esse problema de saúde de uma forma muito leve, todo mundo sabe que é um perigo e que pode fazer com que a pessoa tenha crises e problemas de saúde gravíssimos e a Sophie deixa esse alerta nos mostrando os caminhos que podem nos levar a doença e para que fiquemos atentos aos nossos limites, que são necessários.
Bem, depois de todo um caos, a Sasha resolve viajar para a praia, um lugar que ela frequentava quando criança e além disso seguir passos de um aplicativo de bem-estar. E começamos a segunda parte do livro que envolve situações muito muito engraçadas, me diverti demais. Não vou dar spoilers, mas a maioria das situações que ocorrem na praia, desde o hotel onde ela se hospeda até ela tentando seguir os passos do aplicativo (que envolvem agachamentos, yoga e suco verde), são todos bons demais e a gente vai percebendo que ela está se reconectando consigo mesma.
E por fim, quando um hóspede, Finn, chega ao mesmo hotel e eles tem que dividir a praia, a princípio os dois viram inimigos, parecem que são completamente opostos, mas aos poucos vão se entendendo e percebem que podem ter muito mais em comum do que imaginavam.
A praia ainda guarda mistérios, envolvendo mensagens enigmáticas escritas na areia e também uma obra de arte, o passado da Sasha e do Finn se conecta sem que eles pudessem imaginar e eles percebem que ser o que precisam um para o outro, mas será que a vida fora da praia vai permitir essa conexão?
Um professor de surfe, muito experiente, que é um personagem bem relevante no livro tem o seguinte lema: “o lance é viver o momento”, é essa é a maior lição desse livro.
“Quer saber por que você levou um caldo?
- Quero. Me diz. Por quê?
- Porque você tentou. Você tentou, minha querida. E isso te coloca acima da maioria das pessoas. Acredite em si mesma. Você vai conseguir.”


Nenhum comentário:
Postar um comentário