Onde mora o amor. Assim mesmo como
uma afirmativa, esse é o título desse delicioso romance, mas poderia ser muito
bem 'Onde mora o amor?', será que o amor é tão certo quanto uma afirmativa ou
sempre precisa de uma interrogação, ou nos faz criar interrogações ao busca-lo?
Para encontrar o seu lar? Jill Mansel nos mostra que o amor está em todo lugar
só basta a gente ser atento o bastante para observa-lo.
Dexter Yates, ou Dex para as
íntimas, é aquele típico garanhão que passa cada noite com uma garota diferente
e se vangloria por isso, tem a vida de seus sonhos: totalmente sem compromisso.
Vivendo na boêmia londrina, mal poderia esperar que sua vida estava prestes a
ter uma reviravolta totalmente imprevisível.
Molly vive em Briarwood, interior
da Inglaterra, lá todo mundo se conhece, o tempo parece passar mais devagar.
Ela é uma artista, faz famosas histórias quadrinhos para jornais e dá aulas de
desenho para complementar a renda, uma vida tranquila. O que Molly não aguenta
mais é o seu dedo podre com homens, parece que nunca vai chegar o momento de
conhecer O cara.
Molly e Dex se conhecem de uma
forma muito inusitada e extremamente engraçada envolvendo um peixe, quando ele
vai a Briarwood buscando por uma segunda casa, para esquecer toda a loucura de
Londres.
Numa bela noite quando Dex fica
sendo disputado por duas mulheres, ele recebe a ligação que o faria perder o
chão, sua irmã havia sofrido um acidente e estava morta, como se já não
bastasse a tragédia de perder sua irmã, sua melhor amiga, ela tinha acabado de
ter uma filha, a pequena Delphi.
O fato é que Dex assinara um termo
de responsabilidade por Delphi, caso algo acontecesse a sua irmã, ele seria o
tutor, mas ele nunca imaginou que isso fosse ser realmente necessário. Ele
entra em pânico. Nunca havia sido responsável por ninguém, e imagina, uma bebê.
“ – Você diz isso agora. Mas ela é
um ser humano. É diferente. Você perde a chave do carro e o celular porque eles
não são a coisa mais importante do mundo. Você não os ama com todo o coração.
Todo mundo entra em pânico quando descobre que vai virar mãe ou pai. É normal
estar apavorado com a ideia de ser responsável por uma bebê. Mas, porque você a
ama incondicionalmente, vai fazer o que for necessário para que ela fique bem.”
Mas quando tudo parece estar dando
errado, Dex resolve que o certo seria cuidar da Delphi, pela memória de sua
amada irmã e também porque ele amava a pequena e fofinha Delphi. Ele se muda
para o chalê que havia comprado em Briarwood e ele se torna uma pequena agitação para a
pacífica cidadezinha.
E é assim que Dex e Molly se tornam
vizinhos e nada mais que isso, claro. Eles afirmam um para o outro, mas eles
mesmos sabem que sentem uma vibração inexplicável quando estão juntos, se é
amor eles ainda não conseguem entender e nem se irão conseguir ter um final (ou
começo?) feliz juntos.
Toda a Briarwood fica encantada por
Delphi. Na cidadezinha que todo mundo se conhece, nós conhecemos a Frankie,
dona do café, que tem o marido dos sonhos e uma filha adolescente que ama
aventuras, a família perfeita, né, só que não, quando um segredo vem a tona
causando muitos corações partidos, percebemos que aparências podem enganar (e
muito). Conhecemos a Lois, a vulgar dona do bar, mas que esconde seus
setimentos através da vulgaridade, porque assim era mais simples, já que ir
atrás de amor verdadeiro, não vale a pena (será mesmo?). O sr. Stefan que vive
na solidão de seu trailer pensando em
como deixou escapar o amor da sua vida e claro, como não poderia faltar,
uma rede de fofocas, em Briarwood todo mundo sabe da vida de todo mundo, ou
melhor, acha que sabe.
O amor verdadeiro. O amor à primeira
vista. O amor construído. Um amor inesquecível. Um amor de uma noite. Quantas
espécies há de amor? E afinal, Onde mora o amor? Jill Mansell nos leva em uma
viagem a aconchegante Briarowood para descobrir que o amor pode estar em
qualquer lugar e também para nos apaixonarmos e rimos um bocado, do jeitinho
que toda comédia romântica deve ser.
“É porque está com medo? Também
estou. Nunca senti isso antes. Eu te amo. E só para você saber, eu nunca disse
isso para ninguém antes. Porque nunca senti isso. Mas você... estar com você...
é completamente diferente. Desde o dia em que nos conhecemos. Começou ali...
foi crescendo... e agora a ideia de não ter você por perto é... bom eu não
suportaria. Eu te amo. Estou falando do coração.”
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