quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Resenha: Muito além do infinito / Jill Mansell

    A Jill Mansell sabe criar personagens com os quais a gente se conecta super rápido, já nos primeiros capítulos, ficamos totalmente imersos na história, com vontade de saber mais sobre os personagens, e assim, rapidinho também ficamos com vontade de saber que vai ficar tudo bem com eles, por isso as páginas voam. “Muito além do infinito” foi uma leitura deliciosa, sobre principalmente que a vida é uma dádiva com dias contados, então nós temos que viver (de verdade) cada dia e cada oportunidade. 

O que eu mais gosto da escrita da Jill é a capacidade que ela tem de criar muitos fios narrativos e diversos desencontros, que vão se entrelaçando ao longo do livro, o que deixa a leitura muito instigante e divertida. Nós, leitores sabemos tudo o que se passa nas cabeças dos personagens, ficamos com vontade de gritar: “vai, fala com ele!” Ou “se declara, logo pra ela”. Esses desencontros por “não-ditos”, são uma marca registrada em todos os 3 livros dela já lançados pela Editora Arqueiro. E a cada desencontro, a gente se diverte ao mesmo tempo que sofre pelo personagem. 

Ellie perdeu o marido. Tudo acontece bem no início, o que pode levar alguém a pensar que seja um drama pra chorar, mas não. Apesar de ser um pontapé inicial bem pesado, o livro é muito leve, vamos acompanhar Ellie na jornada para entender que enquanto estamos vivos a vida tem uma infinidade de possibilidades. 

O subtítulo do livro é uma pergunta: “até onde você iria por amor?” Então vou apresentar os principais personagens também com uma pergunta, que faz referência ao que cada um deles passa durante a história:

E se o seu "felizes para sempre" fosse curto demais? 

Nossa protagonista, Ellie. Ela tinha a vida perfeita. O marido naquele estilo de saber até mesmo o que ela estava pensando de tão conectados. Até que puft, tudo vira de cabeça para baixo. Ela perde o chão e irá precisar reaprender a viver de novo, a se permitir amar de novo, o que é muito difícil, ela já tinha o seu “final feliz”, por que isso teve que acontecer com ela? A sua mente criativa e fantasiosa vai ajuda-la e também coloca-la em algumas furadas. 

Quando você gosta de alguém, você vira e fala?

Imagina a situação: você foi a um almoço de negócios, mas chegando lá viu uma garota que fez todo o seu corpo vibrar numa frequência que você nunca tinha sentido antes. Uma desconhecida, o que você faria? Bem, Zack não fez nada, deixou para lá, fazer o que né? Mas e se, essa mesma garota reaparecesse em sua vida de novo, e ai? O que você faz? Pode confiar em mim quando digo que é muito divertido acompanhar o Zack nessa indecisão. 

Você daria uma nova chance para o amor?

Um ator super famoso de Hollywood, mas que tinha um sonho de ver seu filho casar e ter netinhos para mimar, acontece que essa possibilidade lhe foi arrancada por um acidente fatal. Então você só continua a fazer tudo igual como sempre fez, até que uma mulher, uma artista incrível atravessa seu caminho e a sua vida volta a ter cor. Tony irá descobrir que o amor não tem idade, mas será que vale a pena se arriscar?

Você consegue perdoar a si mesmo, quando algo sai fora do planejado?

Todd perdeu o melhor amigo. Aquele com quem ele dividia a vida desde o jardim da infância, com quem passou altos e baixos, quase um irmão. Ele se culpa pelo que aconteceu. O “e, se?” faz parte do seu dia. Como viver, se o seu melhor amigo não teve a mesma oportunidade? Todd vai viver na pele o ditado “o homem planeja, Deus ri”. 

E se você descobrisse que o amor da sua vida fosse casado?

Roo está apaixonada. Ela acredita que dessa vez, finalmente se apaixonou pelo cara certo, mas quando ela está flutuando nas nuvens do amor, cai um raio na sua cabeça: o amor da sua vida é casado. O que fazer? Não se importar? Ele diz que irá se separar... será? A Roo vai passar por muitos altos e baixos, até descobrir que antes de amar qualquer pessoa, ela deve amar quem é. 

Ellie, Zack, Tony, Tood e Roo.  Cinco personagens, cinco diferentes fios narrativos que irão se entrelaçando com alguns outros personagens, até um final emocionante. Muito além do infinito me mostrou que a vida é feita de pequenos retalhos, alguns retalhos a gente vai levando com a gente, uns a gente perde pelo caminho, outros jogamos no lixo e as vezes encontramos um retalho que se encaixa exatamente no espaço que estava faltando, um espaço que as vezes a gente nem sabia que tinha, mas que nos completa e torna a vida mais colorida, que é o que o amor faz com a gente. 

Ps: alerta doguinho fofo, prepare-se para querer apertar o fofinho Elmo. 



Você pode conferir resenha de outro livro da Jill, Onde mora o amor, aqui

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