domingo, 9 de janeiro de 2022

Resenha: O desejo / Nicholas Sparks

 Garganta seca. Lágrimas nos olhos. Coração apertado. Vontade de abraçar o livro... pelos sintomas o diagnóstico foi determinado: mais um livro do Sparks finalizado! E ele conseguiu de novo! "O desejo" é aquele livro que vai nos envolvendo devagarzinho, entre o passado e o presente conhecemos Maggie e com ela aprendemos a lição: o amor deve sempre ser mais forte que o medo.

Sparks é um mestre em nos fazer chorar e dessa vez não foi diferente, “O desejo” é sobre amor, reconciliação e sobre a vida. Nunca nada é simples ou fácil, já que a gente não pode controlar o futuro e as vezes acontecem tantas coisas ao mesmo tempo que somos obrigados a apenas seguir o fluxo. 

Maggie é uma fotógrafa excepcional, viveu uma vida fotografando lugares pelo mundo e agora descobriu um câncer terminal, o que vamos descobrindo ao longo do livro é que na sua adolescência ela viveu outra vida e viveu um amor verdadeiro ao lado do maravilhoso Bryce.

Ela criou um canal no youtube para contar sobre a doença e todos os desafios e com o sucesso do canal, suas fotos ficaram mais famosas, fazendo com que a galeria que ela dividia com outro artista atraísse mais gente e com isso precisou contratar um novo funcionário.

E é através desse funcionário, o Mark, que vamos sabendo mais sobre o passado dela. Aos poucos eles ficam amigos e ela se sente confortável de contar sua história a ele, tal como se estivesse escrevendo num diário. O mais legal é que quando ela termina uma parte da história ficamos igual ao Mark querendo saber mais e cheio de perguntas. 

“Enquanto me virava e revirava na cama, me dei conta de que o amor era a mais poderosa das emoções, porque tornava a pessoa vulnerável à possibilidade de perder tudo o que realmente importava.”

E no passado conhecemos Ocracoke, uma cidadezinha da Carolina do Norte onde Maggie vai morar por um período de sua adolescência e lá conhecemos o Bryce, que no começo era apenas o seu professor particular, mas a relação entre eles vai evoluindo de uma forma que nenhum dos dois esperava. E eles acabam vivendo uma linda história de amor. Esse farol abaixo é de lá e tem uma super importância na história, enquanto no presente passeamos por Nova York no período de Natal. 





“Sempre levamos nós mesmos para onde formos.”

Tal como em nossas próprias vidas o "e se" faz parte da vida da Maggie, ela me ensinou que o amor é o sentimento que nos faz viver a vida de verdade, seja o amor de qualquer forma: pelos nossos familiares, pelos amigos, e ou amor romântico. 

Apesar de já conseguir deduzir o final, o livro não é sobre ser surpreendido por uma reviravolta, mas sim nos dar uma série de lições sobre a vida e o quão preciosa e fugaz ela pode ser. Não posso dizer que não fui surpreendida em um dos pontos da história da Maggie, afinal, por mais que a gente leia vários livros do Sparks e já espere pelo drama, um lado nosso sempre se apega aos personagens e fica torcendo por um final feliz, mas ler Sparks nos faz ressignificar os finais felizes que estamos acostumados. 

A gente tem prazo de validade e sempre esquece disso né. Toda vez que leio Sparks fico reflexiva sobre minha vida, minhas escolhas e como o tempo que nós dedicamos àqueles que amamos é o melhor presente que podemos dar a alguém.

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