segunda-feira, 22 de março de 2021

Resenha: Win / Harlan Coben

‘Win’ é um presente para os #HarlanLovers, para quem acompanhou toda a série do Myron e sempre se perguntou o que se passava pela cabeça do melhor amigo do personagem principal. Chegou o momento. Tivemos um gostinho do que viria pela frente com o epílogo do livro 'Volta para casa', mas agora temos um livro inteiro narrado pelo Win.


Windsor Horne Lockwood III, chegou aos 40 e poucos anos, muito mais maduro que nos primeiros livros do Myron, menos ágil devido a idade, mas nunca menos sagaz. Ele nunca criou vínculos profundos, além da amizade com o Myron, mas depois que descobriu que tem uma filha, Win percebe que por mais que ele lute contra isso, ela é mais do que apenas a sua filha biológica. É muito legal entender o raciocínio do Win e em como ele vê sempre em tons de cinza, nunca é apenas preto e branco. 

“Todos nós somos mestres da auto racionalização. Todos nós buscamos maneiras de justificar nossa narrativa. Todos nós torcemos essa narrativa para nos tornarmos mais simpáticos. Você também faz.”

O Harlan escreveu de uma forma que mesmo quem não leu toda a série do Myron poderá ler o Win sem problemas, mas temos participações especiais que quem já leu os livros do Myron vão gostar. O Myron não está presente fisicamente, mas está presente ao longo do livro, algumas frases do Win sobre ele e sobre a amizade deles, deixaram meu coração quentinho. 

Uma parte muito divertida é que o Win usa um aplicativo de encontros para super ricos, tipo um Tinder, mas tem que ter muita grana para poder se inscrever, as passagens envolvendo esse app são muito boas, separei uma:

“Eu uso o codinome Myron porque ele acha este aplicativo muito repulsivo. Pedi a ele que explicasse por que. Myron começou com um significado mais profundo de amor, de conexão, de ser como um, de acordar e tornar outra pessoa parte de sua vida. Meus olhos ficaram vidrados. Myron balançou a cabeça: 'Explicar o amor romântico para você é como ensinar um leão a ler: isso não vai acontecer e alguém pode se machucar’. Eu gostei disso”

No livro, tudo começa quando uma obra de arte que pertence à família do Win, um quadro do artista Vermeer, é encontrada na cena de um homicídio, além disso uma maleta com as iniciais do Win também é encontrada no mesmo lugar, rapidamente o Win se torna suspeito.

Quando a identidade de quem morreu é revelada, o Win tem que reviver fatos de do passado: quando seis estudantes conhecidos como ‘Janet Street Six’ (Os seis da Rua Janet) se envolvem em um atentado com mortes, somado a um assalto a um banco, mais o roubo das obras de arte da família Lockwood e a temida ‘Cabana dos horrores’, todos esses acontecimentos estão conectados, ou não? A princípio nada faz sentido.

O Win também se envolve em uma confusão, depois de fazer vingança com as próprias mãos, que coloca a vida dele em risco e nesse momento eu pensei, cadê o Myron para ajudar e ao mesmo tempo em que eu pensei: O Win não pode morrer, né???? É de tirar o fôlego.

Conhecemos uma prima do Win, Patricia, que tem um passado aterrorizante e também tem envolvimento com algo velho conhecido dos livros do Myron e Mickey; nós conhecemos melhor o ‘Lockwood Manor’, uma mansão/casa de campo dos Lockwood, que tem até mesmo passagem secreta e claro um campo de golfe; descobrimos mais sobre os pais do Win, e temos a Ema com diálogos muito legais com o Win. Ah, posso dizer que tem uma surpresa para o Brasil, podem apostar que vocês vão ficar muito felizes com o que o Harlan preparou para os #harlanlovers brasileiros. 

Temos emoção até a última página, por fim deixo essa quote:

“Eu só disse a uma pessoa em minha vida que a amo. Apenas uma.” (Quem será?)

Um comentário:

  1. Amei a resenha! Só me deixou com mais vontade de ler! Queria deixar registrado que adoro o trabalho de vcs e o blog.

    Bjos Carol

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